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Cinema Realidade

Programa relembra os clássicos "Ilhas das flores", de Jorge Furtado, e

Curta TV

No AR em 11/02/2013 - 00:30

Renata BoldriniO Curta TV faz uma viagem pelos curtas que elegeram a realidade como tema. A primeira parada é no festival É Tudo Verdade, que existe há 16 anos e já levou a público centenas de documentários de curta duração. A equipe de reportagem bate um papo com Amir Labaki, criador e diretor do festival que, de tão consagrado, é como um selo de qualidade.

O programa mostra que, se nos primórdios do cinema, o documentário era o único formato viável, hoje é a opção de muitos diretores. Seguindo a tradição da livre experimentação, os curtas documentais vão além do tradicional e rendem filmes originais, cheios de criatividade. Exemplo disso é Ilha das Flores, de Jorge Furtado. Considerado pela crítica europeia um dos 100 curtas mais importantes de todos os tempos, ele trata dos mecanismos de consumo de um mundo movido pelas regras do capital. Com humor ácido e um roteiro impecável, Ilha das Flores virou um clássico do formato. 

Confira também algumas produções recentes, em que o curta documental ganhou tons de comédia e até de ficção. O filme Como se Morre no Cinema, de Luelane Corrêa, faz uma divertida homenagem a um dos maiores clássicos do cinema brasileiro: Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos. O curta mostra a realização do filme sob o ponto de vista do papagaio que estrelou o clássico.

O Curta TV exibe uma conversa com o pernambucano Gabriel Mascaro, diretor de Paulo Brus - As Aventuras de ky, um dos curtas mais surpreendentes da produção recente. O filme mostra o cotidiano do artista plástico contado na plataforma virtual do Second Life.

Questões sociais são temas constantes na produção dos curtas. Em um país onde a desigualdade é presente e o debate sobre discriminação racial ganha vigor, os curtas-metragistas não poderiam fechar os olhos para esses temas. O programa mostra trechos de Carolina, do paulistano Jefferson Dê. Ele é conhecido por fazer um cinema comprometido com a igualdade racial e neste filme, de 2003, retrata a miséria urbana por meio do diário da personagem.

Porão, de Fernando Mozart, mostra como a desigualdade, que chegou ao país pelos navios negreiros, ainda está presente no Brasil. E para completar a trilogia de filmes sobre o tema, o Curta TV conversa com Eduardo Vaisman, diretor de Dadá. O filme aborda o abismo invisível que separa o morro do asfalto no Rio de Janeiro, e abusa da metalinguagem e da ficção para refletir sobre a gravidez precoce nas comunidades carentes.

 

 




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Criado em 02/04/2012 - 02:30 e atualizado em 13/02/2013 - 17:59

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