No De Lá Pra Cá deste domingo (21), às 18h, a história de José Lins do Rego, o escritor que inventou o romance regionalista brasileiro. No ano em que se comemora os 110 anos de nascimento do escritor, relembram sua obra os cineastas Vladimir Carvalho, diretor do documentário O Engenho de Zé Lins, e Walter Lima Júnior, diretor do filme Menino de Engenho. Os apresentadores Ancelmo Gois e Vera Barroso ainda conversam com o historiador Bernardo Buarque, autor do livro O descobrimento do futebol: modernismo, regionalismo e paixão esportiva em José Lins do Rego, e o professor e escritor Ivan Proença.
José Lins do Rego é um dos maiores escritores da literatura regionalista brasileira. Ele pertenceu à chamada geração de 1930, um grupo de romancistas que deu origem a segunda fase do nosso movimento modernista, inciado em 1922. Desse grupo, também conhecido como o do Realismo de 30, faziam parte Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz e Jorge Amado - todos preocupados em produzir uma literatura que denunciasse as mazelas sociais brasileiras; todos engajados com ideias de mudanças pelas quais o país precisava passar.
O realismo de 30, do qual José Lins é um dos artistas mais importantes, foi fortemente influenciado por Gilberto Freyre, que trouxe das universidades norte-americanas, onde fora estudar, novas ideias sobre a formação social do Brasil. José Lins também é um dos melhores cronistas esportivos de todos os tempos. Divide o título com os irmãos Mário filho e Nelson Rodrigues. Publicou mais de mil crônicas sobre sua maior paixão, o futebol, ou melhor, o Flamengo - clube pelo qual era capaz de cometer todas as loucuras.
Reapresentação: sextas, às 20h30.
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