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[des]iguais

Uma reflexão sobre preconceitos comuns na sociedade brasileira

DOC Brasil

No AR em 04/05/2018 - 06:30

[des]iguais é uma obra seriada em cinco episódios de 26 minutos de duração cada, com roteiro e direção de cinco jovens cineastas oriundos do curso de Cinema e Vídeo da Faculdade de Artes do Paraná – FAP. Cada jovem cineasta encabeça um episódio: Ana Esperança, João Miguel Santana, Caio Baú, Camila Macedo e Pedro Ivo. A direção geral é de Fábio Allon, com produção executiva de Adriano Esturilho.

Nos cinco episódios de [des]iguais, conheça visões particulares acerca de cinco tipos de preconceito bem enraizados na sociedade brasileira: racial, étnico, comportamental, de gênero e de sexualidade.

Episódio 1 – [des]temidas
Este episódio escancara algo ainda pouco discutido pela sociedade: no Brasil, a expectativa média de vida de travestis e transexuais é de apenas 36 anos, contra 73 anos do restante da população. Prezando pelo respeito a sua identidade e a fim de não serem enterradas como indigentes, muitas travestis fazem “vaquinhas” ou contam com doações para conseguirem comprar um túmulo. Enquanto isso, programas de televisão continuam um processo de marginalização constante desse grupo de pessoas através da sua imagem.

[des]siguais propõe uma discussão sobre a estética negra
[des]siguais propõe uma discussão sobre a estética negra - Divulgação/Processo Multiartes

Episódio 2 – [des]prendidas
Este episódio fala sobre a mulher negra a partir do uso do cabelo natural. Propõe uma discussão a respeito da estética negra e também da cultura do embranquecimento que ainda se arrasta na sociedade por meio de materiais de arquivo e dos depoimentos de mulheres que estão tentando subverter a indústria por trás destes padrões estéticos, assumindo o seu cabelo natural, e de como isso influencia na autoestima e na identidade.

Episódio 3 – [des]alinhadxs
Este episódio joga com situações “corriqueiras” evidenciando que a naturalização das normas de gênero começa na infância. Menino de 5 anos é expulso de um clube infantil por gostar de usar vestidos de princesa. Menina de 8 anos envia carta à marca de tênis após a vendedora se recusar a vendê-la um modelo ilustrado com imagens de dinossauros por, supostamente, ser um modelo masculino. Ovos de páscoa de uma mesma marca são divididos entre “meninos” (azul) e “meninas” (rosa) de acordo com a surpresa que trazem em seu interior – carrinhos e super-heróis para os meninos, princesas e bichinhos de pelúcia para meninas. Menina de 5 anos diz que, ao avistarem uma barata, todos saíram correndo “como mulherzinhas”. Garoto de 8 anos tira sarro do colega que prefere vôlei a futebol. Garota de 4 anos chora porque disseram que ela estava “feia, parecendo um menino” depois de ter cortado os cabelos curtos.

Episódio 4 – [des]amparados
Qual o sonho que embala o menino? Ser jogador de futebol, dar uma vida melhor aos pais, sair do anonimato para os holofotes de um grande centro. Atravessar um dos poucos túneis abertos entre as desigualdades sociais do país. São imagens ainda turvas as que voam pelas asas da imaginação juvenil. Garotos que ainda brincam de ser criança, enquanto esperam por uma chance de ser o adulto que sonham ser. Garotos nutridos pela esperança e que nutrem esperanças. Desfilar categoria por gramados, Brasil adentro, mundo afora. Sonho que caminha com os passos de chuteiras coloridas e com o estilo emprestado dos ídolos, como uma brincadeira de: quem quero ser quando crescer? O melhor a que se permitem esses garotos: sonhar.

Episódio 5 – [des]locados
Este episódio mostra que a vida não é fácil para quem é negro e imigrante no Brasil. Curitiba, a capital mais fria do país, é a que mais recebe imigrantes do Haiti. Os haitianos sofrem para conseguir empregos compatíveis com sua formação e habilidades, além da barreira linguística e do preconceito com a cor da pele. Aqui deparam-se com um clima totalmente diferente do seu. Relegados a papéis subordinados, praticamente só encontram lugar em subempregos na construção civil, em grandes redes de fast-food ou como caixas de supermercados. Em face aos desafios que eles têm que enfrentar para sobreviver em uma terra alheia, onde a população os trata com desdém, alguns Haitianos montaram um grupo musical para expor seus problemas e propagar uma mensagem de esperança e luta - a banda Skin D - que usa a música como ferramenta de luta contra o preconceito e a discriminação.

Direção geral: Fábio Allon
Direção de episódios: Ana Esperança, João Miguel Santana, Caio Baú, Camila Macedo e Pedro Ivo
Produção: Processo Multiartes

Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.

Criado em 03/05/2018 - 10:50

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