Seja através de restrições ou oferendas, de histórias ou de incentivos, a alimentação é central na vida humana e também no cotidiano das religiões. É sobre esse tema que o Entre o Céu e a Terra aborda neste episódio.
A vida se alimenta da morte. Desde os hominídeos que matamos animais ou colhemos frutos e cereais para nos alimentarmos. Uma das hipóteses do estudioso das religiões, o romeno Mircea Eliade (1907-1986), é que o sacrifício de animais com fins religiosos teria surgido nesta tentativa de nos reconciliarmos com a culpa que teríamos de matar animais para nosso sustento. Assim ofereceríamos um animal especial aos deuses na esperança de que nunca nos faltasse o que comer. A oferta de animais é descrita no Velho Testamento, em rituais do Candomblé, entre os indígenas brasileiros e entre outras culturas. Aqui o alimento deixa de nutrir o corpo e passa a cuidar do espírito.
Outro ponto de vista abordado é a participação dos alimentos na mitologia das religiões. A alimentação está presente em dois dos principais eventos do Cristianismo, por exemplo: Adão e Eva ao comerem do fruto proibido, e a Santa Ceia na qual Jesus declara que o pão e o vinho são seu corpo e sangue.
Esse episódio, também, descreverá os hábitos alimentares fomentados pela religião. A identidade religiosa é, muitas vezes, uma identidade alimentar. Os judeus, por exemplo, não comem carne de porco, os hinduístas são vegetarianos, os muçulmanos jejuam no Ramadã etc.
Produção: Realejo Filmes
Direção e produção-executiva: Thomas Miguez
Roteiro: Daniele Ricieri e Michelle Ferreira
Elenco: Clayton Mariano e Ana Carolina Godoy
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