O sonho tricolor de conquistar a Taça Libertadores começa nesta quarta-feira. E o jogo é tão imprevisível, que tanto pode se consumar na primeira partida, se desfazer ou ser mantido, até o dia 2, quando teremos a partida de volta, no Maracanã. A primeira etapa será no Equador, quando a LDU terá a seu favor a altitude, que nem é tanta assim, mas sempre incomoda.
A imprevisibilidade, natural em qualquer partida desse porte, cresce na medida em que, ao contrário da primeira fase, a LDU vem motivada pela possibilidade da conquista histórica (que também será para o Fluminense). Mas jogando em casa, os equatorianos, que são a base da seleção de seu país, não vão se comportar como na partida de estréia da Libertadores, quando ficaram no empate com o Fluminense. A LDU sabe que dificilmente poderá decidir o título no Maracanã. O jeito será obter boa vantagem no primeiro jogo.
Mas e o Fluminense, como virá? O embalo em que vinha, com vitórias significativas na competição, foi interrompido. E é aí que eu me preocupo. Não só porque a campanha não prosseguiu, como também pelo fato de o time ter se dedicado mais a treinos e a eventuais participações no Campeonato Brasileiro onde os reservas tiveram preferência. E nesse caso, nenhuma vitória, nenhuma motivação extra. O time ocupa a última posição.
Tudo bem que a história é outra, que alguém gostaria de trocar seus pontos pela vaga na final da Libertadores, mas a responsabilidade do time cresceu e muito com tudo isso. O Fluminense abriu mão do Brasileiro, completamente. No momento são 14 pontos de diferença para os líderes e, queiram ou não, é incômodo ser o "lanterna" do campeonato.
Time o Fluminense tem para vencer a LDU. Ou melhor: para ser campeão da Libertadores. Basta repetir a fórmula usada nas duas últimas etapas, quando soube segurar o resultado na casa do adversário. Agora é a verdadeira hora da decisão. E desejamos sorte aos tricolores.
Sorte, aliás, que os torcedores não tiveram. Uma vergonha o que aconteceu na venda dos ingressos. Inadmissível, um desrespeito com quem acompanhou o time e teve participação decisiva nos jogos no Maracanã. O aumento de 100% já foi uma agressão, que se consumou no sumiço dos ingressos, que nem a lógica da Matemática consegue explicar, quando se calcula quantos ingressos precisariam ser vendidos por segundo, para que a carga posta à venda terminasse em tão pouco tempo.
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