O Campeonato Brasileiro teve apenas cinco líderes em suas 27 rodadas. O Grêmio ficou 13 rodadas na liderança; o Flamengo, 10; o Cruzeiro, duas; Náutico e Palmeiras (o atual líder), uma. Desses, só o time pernambucano não almeja mais o título, pois ocupa o 13º lugar. Os demais, assim como o São Paulo, continuam na briga.
Se fosse um páreo, poderíamos dizer que é uma briga cabeça a cabeça. E os postulantes ao título tiveram momentos bem distintos ao longo dessa disputa, em que o Flamengo, por exemplo, foi até chamado de cavalo paraguaio. Mas o que dizer do Grêmio, que passou todo o mês de setembro sem vencer e agora já foi até superado na liderança?
O Palmeiras, líder, só entrou no G-4 na 17ª rodada. À exceção da primeira rodada, quando ficou em 19º lugar, sua pior colocação foi a 12ª, mas já na sexta aparecia entre os seis melhores da disputa, o que comprova seu bom desempenho. Já o Grêmio, nunca ficou abaixo do sétimo lugar (1ª rodada) e entrou definitivamente no G-4 na quinta rodada. O Cruzeiro só saiu do grupo da Libertadores numa única rodada (a 14ª), quando ficou em quinto lugar, e é o time mais regular. O Flamengo, depois de liderar por 10 rodadas, saiu do G-4 na 17ª rodada e só retornou na 26ª. E, por fim, o São Paulo, que só esteve no G-4 em três rodadas da 17ª a 19ª - e agora busca a reabilitação definitiva. O Botafogo esteve seis rodadas no G-4, mas agora parece estar em caminho oposto ao do tricolor paulista.
Apontar um favorito é arriscado e uma análise como esta terá um pingo de emoção e clubismo. Qual seria a justificativa para indicar que A ou B tem mais chances? O Palmeiras tem Luxemburgo; o Grêmio, o retrospecto; o Cruzeiro, a regularidade; o Flamengo, a torcida; o São Paulo, a organização. Façam suas apostas.
Da mesma maneira, quem se atreve a apontar um rebaixado? Em 17 rodadas a lanterna esteve na mão do Ipatinga; em oito, com o Fluminense; Vitória e Portuguesa também estiveram na última posição. Rondando o grupo dos rebaixados, Vasco, Atlético Paranaense, Figueirense e Santos. Oito equipes lutando para não cair. Do Náutico, atual 13º, ao Fluminense (20º), diferença de apenas 4 pontos a mesma que separa o líder Palmeiras do São Paulo, quinto colocado. Ou seja, outro páreo de prognóstico impossível. A diferença está na motivação. Quem quiser escapar, aqui, tem de jogar como os lá de cima, que buscam o título. Se baixar a cabeça, corre o risco de perder a corrida por um focinho de diferença.
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