O segundo turno do Campeonato Brasileiro começa no próximo domingo e está na hora de fazermos algumas contas. Principalmente porque o Botafogo, aqui do Rio, passa por momento muito delicado na classificação.
Sempre gostei dos números e acompanho as estatísticas com atenção. Na Europa, por exemplo, um campeão nacional costuma ter aproveitamento de 71% dos pontos. Aqui no Brasil, desde que o Brasileirão passou a ser por pontos corridos, só o Cruzeiro, em 2003, com 100 pontos conquistados, chegou a esse patamar (72,5%). Depois disso, a média caiu.
Na verdade, tanto o Santos (2004) quanto o Corinthians (2005) foram campeões nos dois últimos anos com 64,5% e 64,3% dos pontos, respectivamente. Já o quarto colocado último classificado para a Libertadores -, que em ambos os anos foi o Palmeiras, teve 57,2% e 55,6%. No entanto, o aproveitamento do primeiro dos rebaixados subiu, o que demonstra um maior equilíbrio a cada ano. Em 2004, o Criciúma teve 36,2%; em 2005, o Coritiba chegou a 38,9%. Com isso, obviamente, a diferença de pontos entre este e o campeão caiu, de 39 (2004) para 32 (2005) pontos.
Isso tudo é para mostrar que os clubes do Rio precisam mudar muito, para sonhar com algo melhor. Dos quatro, o Fluminense está na frente, com 29 pontos (53,7%); o Vasco tem 26 (48,1%); o Flamengo, 22 (40,7%); e o Botafogo, 18 (33,3%). O campeão este ano deverá somar 74 pontos; o quarto colocado, 65; e, para fugir do rebaixamento, pelo menos 45 pontos serão necessários.
O Botafogo precisa de, no mínimo, 45% dos pontos a disputar para não ser rebaixado. O Flamengo, que já tem vaga na Libertadores, precisa manter o ritmo para evitar o descenso, mas para ser campeão terá de conquistar 87% dos pontos. O Vasco, para ir à Libertadores, precisa de 65% de aproveitamento nos jogos que faltam. E o Fluminense tem de aproveitar 75% dos pontos em jogo para ser campeão ou 60% para estar na Libertadores.
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