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Celeiro de jogadores

Houve um tempo, num passado distante, que os clubes de menor investimento, do Rio de Janeiro, eram os grandes celeiros de jogadores. Dali saíram grandes valores, que viraram ídolos no Flamengo, no Fluminense, no Vasco e no Botafogo. E não eram poucos os que também serviam à Seleção Brasileira.

Mas isto foi há muito tempo. Hoje, aqueles clubes quase nem mais existem, pois a profissionalização do esporte não permite mais qualquer iniciativa amadora. E até mesmo os que se acham profissionais, mas são mal administrados, pagam pelos erros. Daí, vemos a decadência, as dívidas, a falta de títulos e de perspectivas.

Será que a teoria de que quatro grandes clubes, numa mesma cidade, é muito? Em Belo Horizonte e em Porto Alegre, por exemplo, temos apenas dois; em São Paulo, a maior cidade do país, são três e não custa lembrar que dois estiveram recentemente na Série B (Palmeiras e Corinthians).

A Lei Pelé, na minha opinião, ajudou a criar essa situação de penúria dos clubes. Antes eles não só tinham onde buscar jogadores, como formavam e vendiam, com todo o dinheiro voltando para seus cofres e ajudando a manter as divisões de base. Atualmente, o clube não tem motivo para formar valores, pois eles vão embora muito cedo e, do passe (que agora se chama direito federativo), fica com apenas um percentual, já que outra parte vai para o empresário ou para um fundo de investimentos.

O Bangu, a sexta força do Rio, sumiu. O América, a quinta força, segue o mesmo caminho. Quem será o próximo? Há oito anos o Rio de Janeiro não conquista um título nacional e só respirou um pouco com as Copas do Brasil, de Flamengo e Fluminense. No mais, assistiu a quedas de Botafogo e Vasco para a segunda divisão.

O ano de 2009 é nebuloso. As contratações anunciadas até agora nem se comparam com as que têm sido feitas pelos clubes de São Paulo. Aliás, os poucos jogadores melhorezinhos que jogavam por aqui pegaram a Ponte Aérea e se mudaram.

Eu nem quero pensar nisso, mas, aquele cenário que víamos, no passado distante, parece que se repete atualmente. Com a diferença de que os grandes do Rio transformaram-se nos pequenos do cenário nacional.




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Criado em 22/12/2008 - 12:04 e atualizado em 22/12/2008 - 12:04

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