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E AGORA, MATEMÁTICOS?

Flamengo campeão, Palmeiras fora da Libertadores e Fluminense na Série A de 2010. É até difícil, desses três fatos, dizer qual o mais surpreendente, se pensarmos nas previsões matemáticas de 40 dias atrás, quando ainda faltavam cerca de dez jogos para o final do Campeonato Brasileiro. Um não tinha chances, sequer, de entrar no G-4; outro liderava com folga; e terceiro era o último colocado, lá na rabeira da tabela.

As possibilidades matemáticas são um dado a mais para o torcedor provocar o rival, se informar, mas nesta edição do Brasileirão ficou claro que, de forma alguma, podem ser consideradas decisivas. Os números mudaram rapidamente nos últimos jogos e haja calculadora para acompanhar a ascensão rubro-negra, o declínio palmeirense e a arrancada tricolor. Sem contar nos tropeços do São Paulo, nas surpresas do Goiás, na queda do Atlético Mineiro, na recuperação do Internacional e do Cruzeiro, na irregularidade do Botafogo e na decadência do Coritiba.

Não é de hoje que se diz ser o futebol uma caixinha de surpresas. E nessa caixinha os números não têm espaço. O lado psicológico, a paixão, os aspectos físico e técnico, o craque, todos esses ingredientes, que definem uma partida, não são levados em consideração na hora das contas frias e acabam por promover tantas variações. E o matemático, por mais que se esforce, não consegue acompanhar.

Mas nem tudo deu errado nas previsões. O último rebaixado, o Coritiba, caiu com 45 pontos, número estimado desde o início do campeonato. Mas é bem verdade, também, que esse limite subiu e desceu um ou dois pontos, de acordo com a irregularidade dos times que brigavam para não cair. Mas não dá para negar que a estimativa foi acertada.

Outro aspecto levantado pelos matemáticos e já comentado nesse espaço é a campanha rubro-negra, considerada fraca quando comparada às de campeões de anos anteriores. É o chamado "campeão fraco". Teria sido melhor um time deslanchar na frente e, com mais pontos, ser campeão antecipado? Duvido que o torcedor prefira.

O Flamengo foi o time que menos perdeu 9 derrotas e o que mais venceu 19 vezes. Se o ataque não foi dos melhores, a defesa foi a segunda menos vazada. Ganhou sete jogos fora de casa e, nesse critério, só foi superado pelo Cruzeiro, com 9 triunfos. Em casa só perdeu dois jogos o Grêmio, invicto, e São Paulo e Palmeiras, com uma derrota, tiveram desempenho melhor. No returno, somou 40 pontos e ficou em primeiro, com campanha melhor que a do Internacional, no turno, primeiro colocado com 37.

Certamente o Flamengo não pode ser chamado de "campeão fraco". Teve 58% de aproveitamento, nota que aprova para se passar de ano. Para que os matemáticos entendam, noves fora os tropeços, o Flamengo termina o ano como um grande campeão.




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Criado em 07/12/2009 - 14:15 e atualizado em 07/12/2009 - 14:15

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