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É o que resta

A vitrine do futebol brasileiro está ficando cada vez mais vazia. Justo na época do Natal, quando o comércio aposta no crescimento das vendas e em maior faturamento. Sem muitos produtos a oferecer, sem novidades nem atrativos e com muito pouca criatividade para superar a retração do mercado e seguir as tendências, o que resta ao futebol carioca e ver a festa em outras praças e se contentar com lembrancinhas.

O Rio ficou sem presentes e nem sabe como será o futuro. Viver do passado não dá mais. Se ainda temos clubes grandes devemos este adjetivo às torcidas, pois time, estrutura, organização e muito mais que é necessário já há algum tempo sumiram das prateleiras. O futebol carioca vive de promessas e de iludir o torcedor. Faz mais de dez anos que o técnico Vanderlei Luxemburgo anunciou esta decadência, mas ninguém acreditou. Ou, pior, muitos se iludiram dizendo que havia investimento e crescimento.

A rivalidade do Campeonato Estadual é o que nos resta. Mas tecnicamente ele é fraco e já está mais do que comprovado que não serve de parâmetro para coisa alguma. Este ano que se encerra, então, foi vergonhoso, com uma tabela que não dava chances a nenhum clube de menor investimento. Quem ganha ao menos ostenta o título. Mas e os demais? Se não vencem o Estadual, imaginem o que se pode esperar deles em competições nacionais.

Ah, mas o Fluminense perdeu a Libertadores por um detalhe. É verdade, mas o futebol é cheio de detalhes e talvez seja neles, somados, transformados em grandes problemas, que esteja toda a questão. Nos pênaltis o Fluminense foi eliminado da Libertadores, o Vasco e o Botafogo da Copa do Brasil. E até mesmo o Flamengo, no Brasileiro, na partida contra a Portuguesa no Canindé.

Em 2009, a Sul-Americana será a lembrancinha desse Natal. Talvez com mais motivação, pois finalmente um brasileiro, o Inter, a conquistou. E só serão três equipes porque o Fluminense foi beneficiado pelo Colorado gaúcho e pelo Sport, que ficaram na frente dele na tabela, mas já tinham vagas asseguradas nas competições continentais.

Na Série A do Brasileirão, apenas três representantes, contra seis de São Paulo. Na B serão dois, quase o mesmo número. E cinco paulistas. A cada ano, essa desvantagem aumenta. Enquanto o do Papai Noel fica cada vez mais vazio, o "saco" do torcedor do Rio está a ponto de explodir.




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Criado em 08/12/2008 - 12:06 e atualizado em 08/12/2008 - 12:06

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