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Erros do Brasil

O lateral-direito Cafú faz falta desnecessária, em um adversário que estava de costas prá ele. Zinedine Zidane cobra com efeito, a bola cruza toda a área e encontra Henry desmarcado, para fazer um a zero França. Alheio ao lance, o lateral-esquerdo Roberto Carlos, que deveria marcá-lo, estava agachado, não sei pensando em quê? Talvez pegando a máscara?! Este é o melhor resumo dessa decadente seleção, que representou o Brasil nesta Copa da Alemanha. Uma seleção dominada por medalhões que impuseram suas escalações, como os dois laterais citados acima, como também por um ataque formado por Ronaldo e Adriano, jogadores de área, com a mesma característica: marcar gols. Culpa dos jogadores? Também, mas principalmente, de quem os preparou e os escalou. É Parreira, você, que é, sem dúvida, um técnico inteligente, com bagagem, mostrou uma soberba e uma teimosia que, confensso, me surpreenderam. Falo de cadeira, pois lhe acompanho desde o títulos de Campeão Carioca e Brasileiro de 1984, pelo Fluminense. Um time que tinha esquema, que jogava bonito e que vencia convencendo, bem diferente da Seleção Brasileira que deu adeus à Copa da Alemanha, nas quartas-de-final.

Eu, que acompanho a Seleção desde a Copa de 1974, nunca vi o Brasil ser desclassificado de uma competição deste nível, jogando tão mal, com um futebol feio, de resultados pífios. O pior é que a geração era tida como mágica, que belo quadrado formam Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Ronaldo. Pois bem, dos quatro , o único que , pelo menos , teve alguns lampejos de craque foi Ronaldo, que vindo de contusão, evoluiu durante a Copa, se tornando inclusive o maior artilheiro da história da competição. É muito pouco! Quem mostrou muito foi o senhor Zidane, que , considerado por muitos como acabado, deu uma aula de futebol no nosso time. Foi o maestro da França, chamou a bola de você, enquanto o nosso quadrado a maltratou e , mais uma vez , fomos desclassificados pelos azuis. Viramos verdadeiros fregueses de caderno da França: são três desclassificações em Copas.

Foi desesperador, deu raiva ver jogadores como Robinho, Cicinho, Gilberto e Ricardinho no banco. Foram preteridos por Parreira, que preferiu os medalhões. Nesta Copa, o Brasil só atuou bem diante do fraco Japão, com um time que , inacreditavelmente, o técnico jamais repetiu. Até que, na partida com a França, Parreira colocou Flávio Conceição no lugar de Emerson, vindo de contusão e Juninho Pernambucano no de Adriano, adiantando Ronaldinho Gaúcho, para jogar mais próximo de Ronaldo. Mas com Ronaldinho, o melhor do mundo(só pelo Barcelona, né?) jogando como um jogador médio, com Juninho e Kaká em dia pouco inspirado e com dois laterais decadentes, não dava para chegar a lugar nenhum. Ronaldinho Gaúcho atuou cinco partidas, 450 minutos de futebol e não marcou um golzinho sequer!!! Concordo que Parreira esquematizou mal e escalou pior ainda, agora, não é o único culpado. Jogadores como Kaká, Juninho Pernambucano e, principalmente, Ronaldinho Gaúcho, amarelaram contra a França. Já vi craques em outras Copas, que chamaram a responsabilidade para eles. Os nossos na Alemanha, não disseram ao que vieram. Uma pena para os nossos sofridos torcedores, que têm orgulho do futebol brasileiro; do futebol arte, do futebol pentacampeão do mundo; mas não deste, jogado na Copa da Alemanha.




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Criado em 06/07/2006 - 11:47 e atualizado em 06/07/2006 - 11:47

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