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Eternos Ídolos

Domingo passado, no Esportvisão (TV Brasil, 21h), tive a oportunidade de conversar com dois dos maiores ídolos do futebol brasileiro: Roberto Dinamite e Zico (em ordem alfabética, para não criar ciúmes). Dois jogadores que, passados tantos anos, mantêm a identificação com o torcedor e com o clube onde foram formados e fizeram história, no Vasco e no Flamengo, respectivamente.

Num momento em que nem mesmo lembramos quem é o camisa 10 da Seleção Brasileira, em que criticamos a falta de entrosamento entre o torcedor e esta mesma seleção, em que não se criam vínculos entre clubes e jogadores, Zico e Roberto vêm comprovar que o futebol brasileiro, o da paixão, o do craque, o do respeito pelo adversário, o da entrega e o do carinho pelo torcedor, este não existe mais.

A carreira de ambos foi construída no Rio, o que não os impediu de serem ídolos nacionais, até mesmo porque jogaram na Seleção. Mas um e outro sempre foram exemplos de atletas e quase nada se pode falar de negativo em suas trajetórias. É claro que sempre existirão os críticos, os do contra, mas Roberto e Zico fazem parte de um grupo seleto de ídolos acima do bem e do mal.

Cada um seguiu um rumo dentro do futebol e, no momento, atravessam momentos bem distintos. Enquanto Zico virou técnico e conquista títulos mundo afora os mais recentes no Uzbequistão -, Roberto tornou-se dirigente e luta, agora, para fazer o Vasco voltar à elite do futebol brasileiro. O curioso é que ambos não projetaram o futuro (hoje presente) e ouviram reclamações da família. Mas ambos, na entrevista ao Esportvisão, declararam que só aceitaram os desafios por amor às torcidas.

No caso de Zico, o que mais surpreende é a mágoa que ele tem de algumas pessoas ligadas ao Flamengo, direta ou indiretamente. O maior camisa 10 da história do clube deixou bem claro que "chutaria o balde" se não fossem os torcedores. O Galo colabora com o clube, no que for necessário, mas, nas entrelinhas, demonstrou que dificilmente aceitaria um cargo na Gávea, ao menos nos próximos anos.

A mágoa de Roberto é com determinados segmentos da imprensa e com pessoas que, apesar de dizerem-se Vasco, são partidárias da antiga administração e colocam essa preferência acima do amor pelo clube. Pela experiência política que tem, ele prefere compreender e deixar que o tempo mostre sua competência administrativa àqueles que o criticam.

Roberto e Zico são ídolos eternos. E sinceramente, nesse nosso futebol em que o dinheiro fala mais alto, o amor é deixado de lado e o respeito pela torcida quase inexiste, duvido que surjam outros iguais a eles no futuro.




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Criado em 15/12/2008 - 12:05 e atualizado em 15/12/2008 - 12:05

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