A semana começa com uma grande novidade: Adriano está voltando para a Europa, ou melhor, para a Itália, onde disse, ano passado, que não queria mais jogar, por se sentir infeliz. Depois de crises, ausências em jogos e treinos do Flamengo, um título brasileiro, algumas boas atuações e a não inclusão do nome na lista de convocados para a Copa do Mundo, o Imperador vai novamente embora, mas com um salário bem inferior ao que recebia, anteriormente, o que comprova sua desvalorização.
Na semana passada, outro fato que chamou a atenção foi a ausência de quatro jogadores do Santos na partida contra o Atlético-GO. Eles, inclusive os "astros" Neymar e Ganso, foram afastados do time pelo técnico Dorival Júnior por terem chegado atrasados à concentração. Foram punidos, assim como o time, que não contou com seus titulares, mas que mesmo assim venceu. O presidente do clube santista também aprovou a medida, dizendo que os jogadores precisavam entender a punição a que foram submetidos.
Particularmente, não sei se o Neymar vai entender. De verdade. Receio pelo futuro dele como profissional, a menos que melhore muito, até porque ainda é um adolescente, deslumbrado com a fama e o dinheiro repentinos. Que se espelhe em outros jogadores e possa, sim, se transformar no craque que se espera. Mas independentemente disso, a atitude do Santos foi mais do que correta. O que, infelizmente, jamais aconteceu no Flamengo no que se refere ao Adriano. São exemplos muito diferentes.
A mão passada na cabeça do Imperador a cada falta ou falha culminou com a exclusão dele da Copa. Mas isso ele, apesar de toda a experiência, não entendeu. Ainda deu entrevista sorrindo. E a razão é simples: sempre vai haver uma mão estendida, um clube interessado, um empresário para colocá-lo novamente à frente dos holofotes.
Se o futebol se orgulha de ser profissional, mais ainda lá fora - não dizem que, no Brasil, é uma bagunça? -, como aceitar investimento tão alto?
Ficam os dois exemplos, para os demais clubes daqui. Que saibam cuidar de seus bons valores, de seus departamentos de futebol, de suas histórias, das torcidas que os sustentam, de suas tradições.
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