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Festival de carrinhos

Paulo Henrique de Godoy Bezerra. Foi ele, com uma atuação desastrosa, que permitiu o anti-futebol praticado por Corinthians e Botafogo, no último domingo, no Pacaembú. O árbitro, em noventa minutos de jogo violento, deu doze cartões amarelos - sete para o Corínthians e cinco para o Botafogo -, mas não conseguiu coibir a indisciplina. Se ele tivesse mostrado o vermelho para uns três ou quatro trogloditas, que ontem vestiram as gloriosas camisas de Corinthians e Botafogo, a partida poderia não ter descambado para a violência. O senhor Godoy foi conivente com o anti-jogo e, por isso, perdeu as rédeas da partida. Só no primeiro tempo foram seis carrinhos criminosos. O que a FIFA determina nesse caso? Cartão vermelho, sem a necessidade de já ter recebido o amarelo.

De duas, uma. Ou o árbitro desconhece a regra, ou não gosta de futebol. Conforme as jogadas iam ficando mais ríspidas, o clima violento ia aumentando, estimulado, volto a dizer, pela passividade do juiz. O que aconteceu? O bom meio-de-campo do Corínthians, Carlos Alberto, deu uma cotovelada em Ruy. Em vez do cartão vermelho, Paulo Henrique de Godoy Bezerra puxou apenas o amarelo e quem acabou expulso foi o técnico do time carioca, Cuca, que invadiu o campo para protestar. Ou seja: todo mundo errado. Os jogadores, o técnico, mas principalmente, o árbitro, que não coibiu o anti-jogo.

Para fechar o festival de destemperos, faltava algum dirigente aparecer. Lógico, eles não iam ficar fora da baixaria. Após a partida, o presidente do Botafogo, Bebeto de Freitas, invadiu o vestiário do árbitro e, fora de si, xingou e ameaçou o juiz, dizendo que, não era uma situação para dar soco, mas sim de dar tiro. Por mais revoltado que estivesse, um dirigente não pode dar um exemplo desse. Espero que a CBF esteja atenta a tudo isso e puna exemplarmente todos os envolvidos: presidente, árbitro, técnico e jogadores. Mas que, depois, não venha minimizar as punições, como fez no caso da violência da torcida do Grêmio, no último clássico, contra o Internacional. A equipe gaúcha havia perdido o mando de campo por 10 jogos mas, em segunda instância, a punição caiu para três partidas. É o problema da impunidade, não só no futebol, mas em todos os setores do país.

Ah, o jogo? Terminou um a zero para o Corinthians. Mas, infelizmente, o futebol ficou em segundo plano, não é senhor juiz??




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Criado em 21/08/2006 - 11:22 e atualizado em 21/08/2006 - 11:22

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