E não é que os cinco times brasileiros garantiram vaga na segunda fase da Libertadores? Isso não deveria ser surpreendente, mas principalmente por causa do Flamengo passou a ser. Até porque, quando o time saiu de campo após vencer o Caracas (VEN) a expectativa era a pior possível, daquelas que dependem de um milagre para acontecer. E ele aconteceu.
Agora é vida nova para São Paulo, Internacional e Cruzeiro, de um lado da chave, e para Corinthians e Flamengo, do outro. Para esses dois, aliás, a vida termina nesta fase, já que a dupla se encontra o time paulista foi o melhor da primeira fase; o carioca, o pior dos que se classificaram. E por força do regulamento terão de se enfrentar. A questão é que, depois desse confronto, o caminho nem é dos piores. Se fizermos uma previsão, daquelas que torcedor adora, Universidad de Chile e Velez Sarsfield (ARG) são os adversários mais duros o Chivas, do México, entrou direto nessa fase e não pôde ser avaliado na primeira fase. Do outro lado, os demais brasileiros terão de se enfrentar em clássicos nacionais para conseguir uma vaga na final. São Paulo e Cruzeiro, se venceram, respectivamente, Universitário (PER) e Nacional (URU) dois adversários teoricamente fáceis farão uma das quartas-de-final. Na semifinal, o vencedor pode ter o Internacional, que muito provavelmente terá o Estudiantes (ARG) pela frente.
A Libertadores já foi um torneio difícil para os times brasileiros. Atualmente a qualidade das equipes do continente já não é a mesma, os jogos já nem são tão viris, muito menos violentos. Talvez por conta de argentinos e uruguaios, talvez por aprendizado dos brasileiros, que agora já não se assustam mais como antes.
Não é à toa que os brasileiros têm marcado presença nas últimas cinco finais, inclusive com confronto direto, não dando vaga para outro país chegar. A lamentar o fato de que, desde 1999, quando a final não foi entre brasileiros, o título não fica aqui naquele ano o Palmeiras superou o Deportivo Cali.
Quem sabe não chegou a hora? Ou de repetir uma final brasileira ou, ao menos, de encerrar a sequência de vice-campeonatos. Dá para acreditar. Ainda mais depois do pequeno milagre promovido pela fé rubro-negra.
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