Que belo jogo Botafogo e Santos proporcionaram a quem foi ao Maracanã no último sábado. Por sinal, um dos clássicos mais tradicionais do futebol brasileiro. É claro que ficou longe do brilho do Botafogo e Santos da década de 60, quando Pelé, pela equipe paulista, e Garrincha, pela carioca, davam verdadeiros shows de futebol, muito bem assessorados por craques como Dorval, Mengálvio, Coutinho e Pepe, pelo Santos, e Nilton Santos, Didi e Zagallo, pelo Botafogo. Uma época, que infelizmente, não presenciei, pois nasci em 1962. Era criança, mas de tanto ouvir meu querido pai comentar, tão maravilhado, esses dois times, passei a admirá-los. Eram a essência do futebol arte!
Mas, voltando ao clássico de 2006, que bela partida. Botafogo e Santos procuraram a vitória todo o tempo. O atual campeão carioca, apoiado por sua torcida, começou atacando, criou boas chances, mas sempre era bem contra-atacado. Abriu o placar, sofreu gols, ficou em desvantagem, não se entregou, lutou até o fim e foi premiado com dois gols, em dois minutos, quando, para muitos, parecia morto. Não foi apenas movimentada a partida, também houve um bom nível técnico, principalmente dos dois Zé Robertos, o do Santos, que jogou a Copa do Mundo da Alemanha, e o do Botafogo, que está em grande fase. Os dois jogaram muito. Por coincidência, outros dois xarás do clássico foram fundamentais para o ótimo jogo: os Reinaldos. Agora, não dá prá entender como o Reinaldo do Santos, aquele revelado pelo Flamengo, fica no banco. Ele entrou no 2º tempo e quase vence o jogo. Até a virada do Botafogo ele vinha desequilibrando, com grandes arrancadas.
E méritos para o Reinaldo do Botafogo, que nunca desiste. Não é nenhum craque, mas é o tipo de atacante, que acredita em todas as bolas. Portanto, um belo jogo, com destaques individuais e muitos gols: sete. Para mim, sério candidato a um dos melhores jogos do Brasileiro.
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