Domingo passado, no Esportvisão, a pesquisa foi: o Grêmio será o campeão brasileiro deste ano? Baseada no retrospecto do Brasileirão por pontos corridos, que sempre coroou, no final do campeonato, o time que conquistara o primeiro turno, a pergunta se fazia necessária e, como torcedor gosta de estatísticas, tinha uma resposta esperada. Mas não foi isto que aconteceu e a resposta NÃO recebeu 79% dos mais de 3 mil votos registrados em apenas 80 minutos de votação.
E por que tanta gente acredita na quebra dessa "tradição"? Desconfiança do Grêmio ou confiança em sua equipe? Ou será mesmo por conta do equilíbrio do atual campeonato? Quem sabe é tudo isso misturado, pois não há dúvidas de que o atual Brasileiro emociona a cada rodada. E está tudo tão igual que na última rodada os dez primeiros colocados mantiveram suas posições. Na verdade, o Grêmio ainda conseguiu ampliar sua vantagem, que agora chega a cinco pontos para o Cruzeiro, o segundo colocado. O que não significa muito, haja vista que o Flamengo, atual sétimo, já esteve nesta situação há nove ou dez rodadas. Mas, por outro lado, estes mesmos cinco pontos separam o Cruzeiro do Botafogo, que está em oitavo. Ou seja, todo mundo tem chances não só de brigar por uma vaga na Libertadores, como até mesmo pelo título.
O returno começa no fim-de-semana e não custa lembrar que oito times estarão, também, envolvidos na Copa Sul-Americana: Grêmio, Palmeiras e São Paulo, que hoje estão no G-4, Botafogo, Internacional, Atléticos Mineiro e Paranaense e Vasco. Até que ponto esta outra competição afetará o desempenho dessas equipes e poderá interferir no Brasileirão? Será que, como acontece todo ano, a Sul-Americana será colocada de lado? Todo time, ano a ano, festeja a classificação para este torneio, mas na hora de jogar entra com time reserva, o que só comprova que ninguém dá realmente valor a esta disputa. Eu aposto que este ano será a mesma coisa, pelo menos para quem está nas primeiras posições.
Mas a tabela tem duas pontas e lá embaixo a briga também está acirrada. Com grande desvantagem para Fluminense e Ipatinga. No tricolor, sai Renato Gaúcho. E sai mal, depois de falar mais do que devia, prometer mundos e fundos e concentrar sobre si a ira de torcedores adversários. Para ele, como treinador, seria importante trabalhar fora do Rio, ou até mesmo do país. Temos de ver se isto resolverá o problema da equipe. Faltam, no mínimo, 26 pontos para escapar da degola. Em um campeonato tão igual, pode ser que esta necessidade aumente, mas desde já a tarefa do Fluminense é difícil. E não custa lembrar: a do Vasco também será.
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