Sempre adorei Matemática. Logo que começa o Campeonato Brasileiro, me debruço sobre os números e faço contas para saber quanto o futuro campeão vai precisar somar e quanto os clubes precisarão ter para fugir do rebaixamento. Nos últimos anos, essa prática tem se intensificado na segunda alternativa, em razão das péssimas campanhas dos clubes do Rio.
E resolvi revelar os "estudos" e perspectivas para este ano porque, já na sexta rodada, vemos o Botafogo, atual campeão carioca, aparecer no grupo dos rebaixados. E este ano a situação é bem crítica, pois dos 20 clubes participantes, quatro cairão para a Segunda Divisão, o que representa 20% das equipes.
Até 2003, o campeão somava mais de 71% dos pontos em jogo, mas nos dois últimos anos esse índice caiu e, curiosamente, para o mesmo patamar de 64% de aproveitamento. Santos e Corinthians foram assim, em 2004 e em 2005. Por outro lado, o primeiro dos quatro rebaixados vem tendo índices melhores de pontuação, o que representa um maior equilíbrio entre os disputantes e, também, uma diferença menor de pontos para o primeiro colocado.
Em 2004, com 24 equipes, 46 rodadas e 138 pontos em disputa, o Santos foi o campeão com 89 pontos (64%) e o Criciúma caiu com 50 (36%). Em 2005, com 22 equipes, 42 rodadas e 126 pontos em jogo, o Corinthians levou a melhor com 81 pontos (64%), enquanto o Coritiba caiu com 49 (39%). A diferença de pontos diminuiu de 39 para 32 pontos entre eles.
Agora, em 2006, temos 20 equipes, 38 rodadas e 114 pontos a serem disputados. Se fosse até 2003, os 71% necessários representariam 81 pontos (no momento, os quatro primeiros colocados têm desempenho nessa faixa, com 72% dos 18 pontos já jogados). Mas se levarmos em consideração os dois últimos anos, o campeão deverá ter 73 pontos. Se vencer todos os jogos em casa (57 pontos), ainda precisará de outros 16 na casa do adversário. E para escapar da Segundona, me arrisco a dizer que 45 pontos serão o mínimo necessário.
É esperar para ver.
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