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Nas pistas e nas urnas

O Campeonato Mundial de Fórmula-1, que se aproxima do final, é uma réplica quase perfeita do momento político que atravessamos no Brasil. O duelo entre Michael Schumacher e Fernando Alonso reproduz, nas pistas, a briga travada pelos candidatos Lula e Geraldo Alckmin.

Podemos começar a traçar esse paralelo pelo GP de Xangai, ocorrido na China, domingo passado. Foi um verdadeiro aquecimento para a corrida às urnas, ao longo do dia.

Começamos pelas cores. Como ambos têm amarelo no uniforme, essa cor fica de lado. No mais, tanto nas pistas quanto nas urnas, os dois concorrentes que lideram a disputa vestem vermelho e azul. Até domingo, Alonso, que ocupa o posto de campeão/eleito, levava em vantagem na disputa. Schumacher, que tenta voltar a ser o número 1, estava dois pontos atrás. A única diferença está nas cores. O atual campeão é azul; o que procura recuperar o posto usa vermelho.

Embora nas pistas não haja coligações e cada um conte apenas com o companheiro de equipe/partido, tanto lá quanto nas urnas, onde outros ajudam, falava-se em virada no domingo. Os mecânicos/partidários trabalharam ainda mais, para estarem mais afiados do que nunca, pois os ajustes do carro para a corrida e a rapidez em cada pit-stop eram decisivos. Schumacher recuperava-se a cada corrida/pesquisa, diminuindo a diferença para Alonso, quando ninguém mais contava com essa possibilidade. A distância chegou a ser de 25 pontos! Mas o alemão, em momento algum, desistiu. E ganhou motivação a cada rodada. Na penúltima prova, bem próximo do momento decisivo, ainda foi beneficiado por uma derrapada da equipe que assessora o atual líder, que foi obrigado a abandonar a prova.

A virada na última corrida disputada acabou por se confirmar. Um erro estratégico, de troca de pneus, facilitou a vida do alemão. Agora estão ambos empatados, numa nova prova que começou nesta segunda-feira, dia 2. Podemos dizer que "Schuchumacher" deu um novo brilho à disputa.

Nas pistas, melhor do que nas urnas, vence o mais capaz, o que mais trabalha, o que usa as melhores estratégias e o que tem a melhor equipe. Lá, quem comete uma irregularidade é punido, muitas vezes durante a própria corrida. O Brasil já teve grandes campeões, nas pistas e nas urnas. E estará envolvido com a disputa, pois quem pode decidir o título / eleição é Massa. De vermelho, mas ao lado do desafiante, Massa pode desequilibrar na reta final dessa corrida.

No caso do piloto, ele sabe muito bem a quem deve apoiar. Tomara que, nas urnas, a massa também saiba fazer a melhor escolha.




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Criado em 03/10/2006 - 14:29 e atualizado em 03/10/2006 - 14:29

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