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O G-7

Faltam quatro rodadas para o final do Campeonato Brasileiro, mas para algumas equipes o ano já chegou ao fim. Se chamamos os primeiros de G-4, podemos dizer que o G-7 não tem o que fazer neste Brasileirão. E nada de dizer que a vaga para a Sul-Americana é o objetivo, pois pelo que vemos, ano após ano, nesta competição, ela não vale de nada mesmo.

Na parte de cima, ainda com chances de título, estão São Paulo, Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo. Lá em baixo, lutando para não cair, vemos Santos, Atlético Paranaense, Vasco, Fluminense, Náutico, Portuguesa, Figueirense e Ipatinga. Para esses, os jogos também têm valor. Mas o que dizer para Internacional, Coritiba, Botafogo, Goiás, Vitória, Sport e Atlético Mineiro? O que fazer para levar os torcedores desses clubes aos estádios?

O pior é que alguns desses integrantes do G-7 ainda vão cruzar com candidatos ao título e ao rebaixamento e a participação deles poderá decidir o campeonato nas duas pontas. Mas o Inter, por exemplo, já está de olho na Sul-Americana desse ano, em que pode faturar uma taça inédita para o futebol brasileiro. O Goiás e o Vitória, bichos-papão em seus estádios, já não assustam tanto, com a motivação tão baixa.

Mas essa situação não ocorre porque estamos num campeonato por pontos corridos, é óbvio. Em todos isso acontece e o que pretendo, nesse momento, é alertar para um fato que, num futebol que deseja ser profissional e faturar como no primeiro mundo, algumas estratégias precisam ser utilizadas para evitar esse longo período de jogos sem valor.

O jogo de domingo no Maracanã, entre Flamengo e Botafogo, era para ter lotado o estádio.Mas aí, jogam o preço do ingresso lá em cima e temos pouco mais de 20 mil pagantes. Isso é ser profissional? É pensar no lucro ou no interesse próprio? É certo que o Botafogo merecia ter promovido o jogo em seu estádio, mas ao mexer no bolso do torcedor prejudicou quem nada tinha a ver com a história e a si próprio.

A classificação para a Sul-Americana poderia ser valorizada se o torneio também fosse. Na Europa, por exemplo, a Copa UEFA, que rende "apenas" R$ 100 milhões às equipes que a disputam, vai passar por uma reforma para ficar mais atraente, com uma fase de grupos como a Liga dos Campeões. Até a 32ª rodada, a média de público era de 16.089, o que nos coloca abaixo das segundas divisões alemã e inglesa. Muito pouco, não acham?




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Criado em 11/11/2008 - 12:12 e atualizado em 11/11/2008 - 12:12

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