Acaba a Copa do Mundo da Alemanha para o volante Edmílson. Isso já se tornou comum, às vésperas da estréia da Seleção Brasileira numa Copa. Desde 1970, quando o ponta-direita Rogério sofreu uma distensão muscular, sempre o Brasil sofre uma baixa na fase de treinamentos. Algumas traumáticas, como a de Romário, em 1998, na Copa da França e a dos zagueiros Mozer e Ricardo Gomes, na campanha do tetra, nos Estados Unidos, em 1994. Também a grande seleção, do saudoso Telê Santana, em 1982, perdeu um de seus craques: o atacante Careca.
Creio que o corte de Edmílson será menos sentido. Isso porque todos os jogadores citados anteriormente eram titulares absolutos, diferentemente do volante do Barcelona. A tristeza pelo corte existe, é claro. O jogador se dedicou ao máximo para disputar o Mundial. Lamento pela sua frustração. São coisas do esporte. Mas como em tudo na vida, quando se fecha uma porta, se abre uma janela. É como aquele ditado antigo: há males que vem para o bem. Para Parreira, Edmílson era a sua primeira opção, caso o quadrado mágico não surtisse o efeito desejado. Agora, espero que Juninho Pernambucano seja o primeiro a ser cogitado pelo técnico da seleção, quando ele quiser mudar a postura tática da equipe.
O apoiador do Lyon, da França, tem característica mais ofensiva. É um dos destaques dnos treinos em Weggis, na Suíça, e teve uma ótima temporada no campeonato francês, sendo mais uma vez campeão. Além dele, a seleção tem como opções, para o papel de volantes, Gilberto Silva e agora Mineiro, do São Paulo, que foi chamado para o lugar de Edmílson. Sinceramente, deixar um craque como Juninho Pernambucano, como segunda opção, em detrimento dos dois jogadores citados acima é ir contra a essência do futebol brasileiro: a criatividade e o ataque. Ou será que não somos Pentacampeões do mundo?
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