Não existe nada mais simpático do que um sorriso. Esse pequeno gesto pode unir duas pessoas, deixar alguém mais feliz, mudar uma opinião. Com um simples sorriso você pode até conseguir o que tanto queria. Quando falo de uma pesoa sorridente logo me vem a imagem de Ronaldinho Gaúcho. Um sujeito boa praça. Ronaldinho joga futebol por prazer. Ele realmente escolheu o caminho certo, ele faz o que gosta. Vemos a alegria no campo, nos dribles, nos passes fantásticos. O Ronaldinho é gente boa mesmo, um típico bem humorado. Ano passado, em uma entrevista perguntei porque ele estava sempre sorrindo. Ele respondeu que tinha aquela expressão de feliz, porque os dentes dele eram pra fora, aí todo mundo achava que ele estava rindo.
O melhor do mundo ainda tem senso de humor e arrancou boas gargalhadas de vários jornalistas. Não adianta tentar explicar ou arrumar uma desculpa. Se não fosse dentuço ele seria o mesmo Ronaldinho, simpático e craque. Perguntei também se o assédio o incomodava. Com a maior naturalidade ele disse que não, porque desde pequeno ele sonhava ser famoso.
Pensei: será que ele é mesmo assim? Eu, por exemplo, sou uma pessoa bem humorada, alegre, mas tem dias que fico insuportável.
Não tenho a menor vontade de falar com ninguém. Resolvi fazer mais um teste. Fui fazer uma entrevista para a NBC TELEMUNDO. Precisava que ele respondesse tudo em espanhol. Microfone na mão:
- Ronaldo tu puedes hablar en español?
- Si, Claro.
Durante 10 minutos ele respondeu todas as perguntas, sempre sorrindo. No final ainda pedi pra ele cantar um sambinha... E não é que ele cantou?
Nem parecia que eu estava ali falando com o melhor jogador da atualidade, ele parecia mais um velho conhecido. Não sei se outros jogadores teriam a mesma paciência. As vezes não é nem questão de ser impaciente ou antipático. É mesmo pura timidez. Caso de Cafu, Adriano, Kaká.
Jogadores extremamente educados e solícitos. Deve ser por causa desse amor ao que faz que tudo dá certo na carreira de Ronaldinho Gaúcho. Vida de jogador não é só Glamour. Eles viajam de um lado pro outro, treinam muito, se machucam. Existem tantos jogadores por aí que não jogam nem a metade do camisa 10 do Barcelona e mesmo assim se acham o máximo. Ronaldinho Gaucho está um nível acima. Podemos até dizer que ele está acima do bem e do mal. A Copa de 2006, na Alemanha, tem tudo para ser o momento máximo na carreira dele. Se depender de alto astral, nós já podemos comemorar mais um título.
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