O amigo Ingo Ostrowski, em parceria com o técnico Antônio Lopes, escreveu mais um livro narrando a trajetória do último campeão brasileiro, no caso o Corinthians. Brinquei com ele dizendo que isso é impensável de se fazer com o Flamengo da Copa do Brasil, pois o técnico campeão assumiu apenas nos dois últimos jogos e seria impossível para ele e para os anteriores contar como foi a campanha.
É uma realidade do nosso futebol. Como também se prova, a cada ano, que trocar de treinador não é o melhor a ser feito, principalmente numa competição como o Brasileirão. E os times do Rio de Janeiro ratificam isso, na atual classificação. O pior dos quatro é exatamente aquele que montou, na teoria, a melhor equipe, mas o que mais trocou de treinador. O Fluminense, a cada rodada, aproxima-se mais e mais da zona do rebaixamento, enquanto Vasco, Flamengo e Botafogo sobem na tabela.
E esta semana dois deles se enfrentam. Vasco e Flamengo fazem mais uma decisão como dizem, cada jogo entre eles vale um campeonato. E este será o tira-teima do ano: nesta temporada, foram quatro jogos, com duas vitórias para cada um. O Vasco ganhou no Estadual e pelo Campeonato Brasileiro, esta última, com um time reserva. O Flamengo devolveu com juros, na Copa do Brasil. Venceu dois jogos e ainda ficou com o título. A partida de quinta-feira dirá se o Vasco tem ou não chances de ir para a Libertadores, em 2007. Ou seja, é mais uma grande chance dos cruzmaltinos. Se os rubro-negros atrapalharem de novo essa caminhada, haja paciência para tanta gozação. Mas é bom deixar claro: se o Vasco vencer, nem de longe terá ido à forra da derrota na final da Copa do Brasil.
Saio dos campos e vou para as pistas. Não dá para deixar passar o GP do Brasil, de domingo passado. Sou fã de carteirinha do Senna, para mim, o melhor piloto de todos os tempos. Mas o que Schumacher fez em Interlagos é para ficar na história. O alemão deu um show. Logo ele, que transformou tantas corridas em provas monótonas, pela superioridade na pista, respondeu por momentos de grande emoção que há muito não víamos. A ultrapassagem sobre Raikkonen, para garantir o quarto lugar, foi fantástica. Quem vai sucedê-lo é a questão. Acho que Massa sai em vantagem, até porque não troca de equipe em 2007, ao contrário de Alonso e de Raikkonen. Mas como trocar de equipe não é o mesmo que trocar de técnico, pode ser que eu me engane.
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