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Vamos mudar o disco

Esta coluna é para os amigos jornalistas. Todos os anos, quatro reportagens são de praxe, em todos os veículos: chegada do inverno, do verão, da primavera e do outono. É a retirada dos casacos dos armários, praias cheias, flores e folhas que caem. Todo ano isso se repete e é notícia. Mas que tal dizermos, agora, que são cinco estas reportagens? Pois é. Todo ano, quando começa o Campeonato Carioca, a história se repete. Os clubes grandes estão se preparando, ainda cansados, sem pernas nem pulmões e os pequenos faturam em cima disso e blá blá blá.

Será que o discurso não muda? É mais do que sabido que os times que disputam o Campeonato Brasileiro, até o início de dezembro, voltam das férias no começo de janeiro e menos de um mês depois já estão em campo jogando. Somando-se a isso o fato de contratarem sempre em cima da hora, é evidente que não terão um time pronto quando fizerem, no mínimo, os três ou quatro primeiros jogos.

Já os "pequenos", que ficam sem fazer nada no segundo semestre, começam a se preparar em novembro/dezembro. E mesmo sem a mesma qualidade técnica, conseguem equilibrar os jogos nessa reta inicial, provocando volta e meia uma surpresa. Como o sistema de disputa do Campeonato Carioca é de tiro curto, principalmente na Taça Guanabara (em sete jogos saem dois classificados para a fase semifinal), fica menos complicado para eles, "pequenos", beliscarem uma ou duas vagas no quadrangular.

O triste é que, por conta disso, não se valoriza o trabalho desses clubes. Só se fala dos problemas enfrentados pelos grandes, que pagam por este calendário apertado. Clubes como Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco disputam, este ano, Estadual, Copa do Brasil, Sul-Americano e Brasileiro. Se o grupo de jogadores não for grande, vai faltar gente. E faltam datas também, já que o Brasileiro consome um semestre inteiro.

O tempo para a pré-temporada deveria ser maior, e que saudades de quando os clubes viajavam, no meio do ano, para disputar torneios na Europa. Era uma chance de reforçar os cofres, de ver seu time brilhando lá fora, conquistando troféus.

O fato é que Fluminense e Vasco já pagaram por estes problemas relatados lá em cima. Deveremos ter mais surpresas. Pode até ser bom para movimentar o campeonato, para dar uma graça, mas não é justo. É claro que os "pequenos" não têm culpa, também. Mas se o calendário fosse mais bem ajustado, certamente eles, da mesma forma, seriam beneficiados.

E para encerrar, só espero que uma notícia não se torne repetitiva também: a das falhas das arbitragens. O pior é que ela aparece a todo instante, não importa a estação do ano.




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Criado em 26/01/2009 - 11:59 e atualizado em 26/01/2009 - 11:59

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