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VITRINE E VIDRAÇA

Houve um tempo, muito tempo atrás, que o futebol carioca era apresentado como a vitrine do futebol brasileiro. Naquela época, o Campeonato Carioca era o mais charmoso do Brasil, o Maracanã era o maior estádio do mundo e daqui saíam os principais jogadores para a Seleção Brasileira. Até hoje cabe ao Botafogo esta honra de ser o clube que mais craques cedeu para o "Escrete Canarinho".

Mas isto, como eu disse, foi há muito tempo. De vitrine, hoje o futebol do Rio é uma verdadeira vidraça, das mais frágeis. Dos quatro times grandes (se é que ainda podemos chamá-los assim), um está na Série B, dois estão na zona de rebaixamento da Série A e o último despenca ladeira abaixo na classificação do Brasileirão.

Curioso é que exatamente aquele que não está na elite do futebol brasileiro é quem faz melhor campanha e quem deixa sua torcida mais eufórica. O Vasco, recuperado da crise política e administrativa que o envolveu nas últimas temporadas, demonstra estar pronto para voltar à Primeirona. Vence com segurança, se impõe aos adversários, faz valer o mando de campo e lidera a Série B com justiça. É certo que vai subir em 2010.

Mas vai enfrentar quem, dos seus adversários mais tradicionais? Flamengo, Botafogo, Fluminense? No momento eu diria que no máximo dois desses três, pois o Tricolor não consegue reagir, nem fora nem dentro de campo.

O Flamengo está há três jogos sem vencer Grêmio, Cruzeiro e Avaí. O time está desmantelado e isto, mal ou bem, pode até justificar a fase tão ruim. Mas antes mesmo de perder até sete titulares para um jogo já dava sinais de perda de rendimento. Os desfalques apenas aceleraram e reforçaram a queda, já preocupante, pois nem na faixa da Sul-Americana o time aparece mais.

O Botafogo conseguiu em dois jogos em São Paulo, com Palmeiras e Corinthians, garantir o empate, mas em casa não faz seu papel e perde para o Santo André. Desse jeito não dá. E por isso está entre os quatro últimos, com a ressalva de que tem um jogo a menos contra o Cruzeiro, em Belo Horizonte. A questão é saber qual será o próximo Botafogo em campo, o lutador que arranca um pontinho fora, ou o que tropeça em casa. Essa irregularidade é o ponto fraco do alvinegro.

Já o Fluminense não tem, sequer, ponto forte. Salários atrasados, torcida revoltada, time sem destaques, sem esquema, descontrolado em campo. O Tricolor precisa de um rendimento de 59% até o final do campeonato, desempenho quase igual ao do líder Palmeiras, que é de 63%. Sinceramente, você acredita nessa recuperação?

Que atire a primeira pedra quem achar que estou exagerando nas críticas. Mas cuidado para não errar o alvo e quebrar de uma só vez a vitrine e a vidraça.




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Criado em 23/09/2009 - 14:39 e atualizado em 23/09/2009 - 14:39

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