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Marta Nehring – infância no exílio

Marta viveu seis anos no exílio: aos cinco, foi para Cuba; aos onze,

Exílio e Canções

No AR em 25/09/2014 - 02:00

Sérgio Britto e Marta Nehring.Marta revela que além da música, usava a literatura para matar as saudades do Brasil. Leu cinco vezes o Sítio do Pica-Pau Amarelo e praticamente decorou, como conta, Capitães de Areia. “São seis anos que parecem uma vida inteira. Tenho muita memória do período. A saudade é a ponta mais dura do exílio, e a música é sempre a forma de reelaborar a saudade”, revela Marta.

Hoje, Marta é documentarista. Estudou Publicidade e Letras e é doutora em Cinema pela USP. É roteirista e diretora de documentários e de séries de televisão. Seu documentário “15 Filhos”, realizado junto com Maria Oliveira, traz memórias de infância de filhos de militantes políticos que foram presos, mortos ou desaparecidos durante a ditadura militar brasileira.

Marta saiu do Brasil em 1969, para encontrar o pai, Norberto Nehring, militante da Aliança Libertadora Nacional, a ALN, que fazia treinamento militar em Cuba. A viagem foi tortuosa: filha, mãe e avó voaram juntas até Roma. De lá, a avó despediu-se das duas, que seguiram juntas até Havana – passando por escalas na Irlanda e no Canadá, de onde chegaram a Havana com passaportes falsos. No casaquinho de Marta, foram bordadas cartas de Carlos Lamarca a sua mulher, que vivia exilada em Cuba com os dois filhos do casal.

Sérgio Britto e Marta, quando crianças, viveram no mesmo período no Chile. No programa, trocam experiências da vida no exílio e Britto apresenta as canções que marcaram a infância deles.


 




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Criado em 17/09/2014 - 19:54 e atualizado em 26/09/2014 - 08:58

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