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Média Nacional exibe Átimo, premiado com 3 Candangos no Festival de Brasília

A TV Brasil exibe, nesta sexta-feira (9), às 20h, Átimo, terceiro filme da faixa Média Nacional, inaugurada em setembro na sua programação. O filme fala do êxodo da classe média brasileira nos últimos anos da década de 1990, enfocando um casal de namorados que planeja tentar a vida na Europa. Ela viaja na frente, enquanto ele planeja juntar-se à moça logo que tenha o dinheiro necessário. Porém, as coisas no Brasil começam a mudar e ele encontra um sentido na vida no país.

A ação de Átimo se desenrola cinco anos depois, justamente no dia do retorno da moça ao Brasil. O filme foca no protagonista, às voltas com suas considerações e reflexões sobre o que significou ter ficado e o que ainda significa para ele essa relação.

Átimo ganhou três Candangos do Festival de Brasília 1997, como Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Atriz (Mayara Magri); Melhor Filme no Festival de Gramado 1997; e Melhor Filme no Brasil CineFest de Munique.

De Romeu di Sessa. Ficção. 1997. Cor. 30min. Com Mayara Magri e Lui Strasburger.

Entrevista com o diretor

Romeu di Sessa é roteirista e diretor de cinema, televisão, vídeo e teatro, já tendo realizado programas para a Rede Globo, Rede Record, Discovery e GNT. Di Sessa falou sobre a produção de Átimo e o que pensa da faixa Média Nacional da TV Brasil.

TV Brasil - Como foi a escolha do roteiro e dos protagonistas?

Romeu di Sessa - A história contada no filme foi francamente inspirada numa situação que eu vivi, naquele final dos anos 90. Havia ali um verdadeiro êxodo da classe média brasileira, descontente com a situação e falta de perspectivas daquele momento nacional. Eu tinha um plano de mudar para Europa e uma namorada minha também desejava isso. Ela foi e eu acabei não indo. Claro que, para compor o roteiro, romanceei bastante o fato, mas foi baseado nessa experiência de vida.

Para compor o casting do filme entrevistei vários atores e atrizes. Quando o Lui (Strasburger) veio fazer o teste, tive certeza absoluta que iria fazer com ele, porque ele reunia duas características muito importantes para o filme: era um ótimo ator e tinha uma voz belíssima, envolvente. Para um filme que é baseado na narração do protagonista, isso não era um detalhe qualquer.

Um amigo meu, Jacy Lage, me indicou a Mayara Magri. Ele estava produzindo uma peça de Lauro Cezar Munis, Luar em Preto e Branco, na qual Mayara trabalhava. Eu já conhecia o trabalho dela, mas bastou ela ler meia página do roteiro para eu saber que comporia o personagem exatamente como eu tinha pensado, com a doçura e a assertividade que o personagem pede.

TV Brasil - Fale um pouco sobre a atuação de Mayara Magri, premiada como Melhor Atriz no Festival de Brasília 1997 pelo filme?

Romeu di Sessa - Acertei nesse filme na escolha dos atores. Lui e Mayara fizeram um trabalho impecável, dedicado, muito profissional. Como disse em Gramado, eles emprestaram o talento deles para o filme e isso fez toda a diferença no resultado final. Mayara é uma mulher e uma atriz muito sensível, dotada de uma precisa inteligência artística, capaz de entender e concretizar minúcias do texto. Ela é a alegria de qualquer roteirista. Lui também não deixou por menos, e soube expressar muito bem os conflitos internos do personagem. Sou grato a ambos.

TV Brasil - O que representa para os diretores e o segmento a faixa Média Nacional na TV Brasil, uma TV pública?

Romeu di Sessa - Do meu ponto de vista, falando como realizador, acho que o que tem de mais importante para acontecer na TV Brasil é ela se mostrar um espaço totalmente aberto para a produção independente. Vou mais além, e digo quanto mais produção independente compuser a grade da TV Brasil, mais ela estará cumprindo sua missão de TV Pública. Considero muito bem vinda essa nova faixa dedicada a essa produção de médias, um formato que sempre foi muito carente de janelas.




Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.

Criado em 05/10/2009 - 13:49 e atualizado em 05/10/2009 - 13:49

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