Os grupos Cambada Mineira e Nós Quatro foram formados e gravaram num período em que o mercado fonográfico vivia transformações radicais.
Músicos com formações diversas e talentos comprovados, eles entraram em cena no final dos anos 1990 e início do século 21, quando as gravadoras quebravam, minadas pelos downloads de música na internet.
Logicamente, isto refletiu no meio artístico e pôs em discussão o risco que seria investir em artistas estreantes ou em grupos recém-chegados ao mercado. Prova deste embate foi a maneira como o grupo Cambada Mineira conquistou espaço, organizando-se numa cooperativa de músicos mineiros residentes no Rio de Janeiro.
Mineiramente, “tomando o mingau quente pelas beiradas”, o Cambada foi formando público em pequenos espetáculos de que participavam outros mineiros já estabelecidos na Cidade Maravilhosa, como Wagner Tiso e Toninho Horta. O auxílio luxuoso dos conterrâneos permitiu ao Cambada Mineira construir uma carreira com CDs de produção independente, entre eles o “Urbana Fanzine”, de 2010.
Formada por Ana Zinger, Célia Vaz, Fabíola e Márcio Lott, o grupo Nós Quatro surgiu em 2003 e, seguindo caminho parecido com o Cambada Mineira, começou fazendo público em pequenos shows. Gravou o primeiro CD “Nós Quatro” para dizer mais ao mercado que ao público a que veio. O repertório eclético, com canções já consagradas pelo gosto popular, manteve o Nós Quatro na memória do público, nas inevitáveis trocas de seus componentes, até o anúncio do fim, oito anos após a formação.
O Musicograma oferece ao público e aos produtores a oportunidade de matar saudades e avaliar talentos.
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