Rodolfo Landim revela projetos para o Flamengo em 2023

Como conciliar a gestão de uma grande empresa, como um clube de futebol de hoje, com a paixão de uma torcida, que nem sempre tem desejos que se encaixam nos limites de uma boa administração? Esta foi uma das questões que o No Mundo da Bola, deste domingo, 15 de janeiro, colocou para o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, responder. Ele foi o convidado do programa e, logo no início (vídeo acima), ressaltou o desafio de manter a equipe rubro-negra em alto nível de disputa, com a responsabilidade de não estourar o orçamento.

Landim, que tem experiência no mercado como gestor de grandes empresas, destacou o envolvimento da paixão com a razão e lembrou de quando foi procurado por um torcedor rubro-negro, antes mesmo de assumir a presidência. E que a conversa o fez entender a responsabilidade que teria no cargo. “Quando o Flamengo vence eu não fico mais feliz, fico aliviado, por saber que atendi aos anseios de uma nação”, ressaltou.

Landim não se furtou a comparar a atual geração de jogadores com a de Zico, responsável pela conquista do Mundial Interclubes. E teceu elogios ao artilheiro Gabigol, novo camisa 10 da equipe. O mandatário rubro-negro rebateu a tese de que o Flamengo se tornou um clube elitista, mas reconheceu que o futebol se tornou mais caro, o que muitas vezes obriga o clube a aumentar o preço dos ingressos. Landim disse, ainda, que o programa de sócio-torcedor tem participação importante nesta questão, que poderá ser resolvida com a construção do estádio próprio do clube, e que ele terá um setor destinado a ingressos com preços populares. O dirigente aproveitou para falar sobre a administração do estádio do Maracanã, atualmente exercida pelo clube em parceria com o Fluminense, e sobre o imbróglio recente com o Vasco da Gama a respeito da utilização do estádio.

A chegada das SAFs ao futebol brasileiro também entrou em pauta. E Landim garantiu que o Flamengo pode até aderir a esse modelo de gestão, mas não no atual formato. O dirigente disse entender que, para o clube, seria melhor manter o controle acionário do futebol com seus próprios sócios, e que a participação dos investidores seria através da compra de ações, cenário pouco provável no momento. Landim acrescentou que a SAF poderia fortalecer o futebol feminino do Flamengo, assim como os esportes olímpicos, nos quais o clube já tem representantes importantes, como Rebeca Andrade, Isaquias Queiroz e Rafaela Silva.

Landim também respondeu questões relativas à criação da liga de futebol no Brasil, para a organização dos principais campeonatos. O Flamengo participa dessa discussão como membro da Libra (Liga do Futebol Brasileiro), junto a clubes como Corinthians, Palmeiras, Botafogo e Vasco, e ele defende o modelo de divisão das cotas de TV sugerido pelo grupo que, no seu entender, seria menos prejudicial ao clube.

Por fim, o presidente do Flamengo falou sobre a parceria do clube com o Banco de Brasília (BRB), que permitiu a criação do banco digital BRB Fla, atualmente com três milhões de clientes.

Aqui você assiste à íntegra do programa.

O “No Mundo da Bola” vai ao ar das 21h às 22h. A apresentação é de Sergio du Bocage, e participaram da entrevista os jornalistas Paulo Garritano e Rachel Motta.