Esta quinta-feira (28) é o Dia de Luta pela Descriminalização e Legalização do Aborto na América Latina e no Caribe. Em pelo menos 13 estados brasileiros são realizadas manifestações. Em São Paulo, o encontro acontece na Avenida Paulista. As manifestantes defendem que nenhuma pessoa seja presa, maltratada ou humilhada por fazer um aborto. E destacam que o aborto clandestino, que pode levar à morte, é uma questão de saúde pública.
No Brasil, a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez começou a ser julgada virtualmente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 22 de setembro e teve voto favorável da ministra Rosa Weber, quando ainda estava na presidência da Corte. Na sessão do dia 22, o ministro Luís Roberto Barroso pediu que o julgamento fosse suspenso e levado ao plenário presencial, mas a data ainda não foi marcada.
Outros países da América Latina, como Uruguai, Argentina, México e Colômbia já legalizaram o aborto. No Brasil é autorizado em três casos: se a gravidez for decorrente de estupro, quando há risco à vida da mulher e em casos de anencefalia.
Segundo a Pesquisa Nacional de Aborto, uma em cada sete mulheres já fez, pelo menos, um aborto no país. O estudo identificou que a maioria está no grupo das mais vulneráveis: seis em cada dez mulheres que morreram depois de tentar fazer um aborto eram negras.
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