Na reunião desta terça-feira (24) do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Rússia vetou a proposta de resolução apresentada pelos Estados Unidos, que deixava claro no texto o direito de israel de se defender do Hamas. O veto da Rússia já era esperado, já que durante todo o dia os representantes do país diziam que não concordavam com a proposta dos EUA, porque ela não falava em cessar-fogo imediato.
A Rússia disse agora que vai apresentar uma outra proposta, intermediária, que contemple tanto a proposta apresentada pelo Brasil, na semana passada e vetada pelos Estados Unidos. E o texto apresentado pelos EUA hoje. Mas já disse que vai deixar explícito no texto sobre “cessar-fogo imediato”.
No Conselho de Segurança da ONU, cinco países - Estados Unidos, Rússia, China, França e Inglaterra, chamados de membros permanentes, têm poder de veto. Ou seja, eles podem barrar sozinhos uma proposta, mesmo que ela seja aprovada pelos outros 14 participantes.
Também hoje houve um desentendimento entre o secretário-geral da ONU, António Guterres, e Israel. Guterres fez um discurso em que se disse profundamente preocupado com os direitos humanitários em Gaza e também que o Hamas não atacou Israel “do nada” no dia 7 de outubro. Após essa fala, o Ministro de Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, cancelou uma reunião que teria com o secretário-geral da ONU. E o embaixador do país nas Nações Unidas pediu a demissão de Guterres.
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