O número de pessoas mortas em confrontos com a Polícia Militar (PM) de São Paulo cresceu 45% nos primeiros nove meses deste ano, se comparado com o mesmo período de 2022. O trimestre encerrado em setembro foi o mais letal do ano, com 106 mortos em confrontos com a PM. Só na Operação Escudo, realizada entre julho e setembro, na Baixada Santista, morreram 28 pessoas. A operação é considerada a mais letal em 30 anos.
Esta alta de mortes em confronto com a polícia interrompe uma sucessão de quedas entre 2020 e 2022, que coincide com a implantação das câmeras nas fardas dos policiais.
Alta também nos casos de feminicídio, que cresceram 25%, e de estupro, com 12% de aumento. Já os homicídios dolosos tiveram queda de 9,6%. Também foi registrada uma redução de 5,7% nos roubos de veículo e de 6,1% nos roubos de carga.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a causa das mortes "não é a atuação da polícia, mas sim a ação dos criminosos que optam pelo confronto". Já sobre os estupros e violência contra a mulher, disse oferecer suporte tanto presencial quanto online para todas as vítimas de violência por meio de 140 Delegacias de Defesa da Mulher e que trabalha para combater a subnotificação e incentivar o registro de crimes sexuais por meio de campanhas que promovem canais de denúncia.
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