Um dos maiores escritores contemporâneos brasileiros, o manauara Milton Hatoum é o entrevistado desde episódio do Trilha de Letras . No bate-papo inédito do autor com a apresentadora Eliana Alves Cruz, Milton fala de memória, ancestralidade e de se reconhecer como libanês e amazônida. Segundo o escritor, ser filho e neto de libaneses foi muito importante na sua infância, porque lhe deu a oportunidade de entrar em contato com outras línguas, como o árabe e o francês. “Também ouvia a língua indígena, nheengatu, e isso foi muito rico para a minha formação, porque você tem o contato com uma alteridade, com o diferente, já na infância”, destaca Hatoum.
O autor comenta ainda a recepção de seus livros pelo público e como é ver histórias que ele criou sendo adaptadas para outros meios - o romance “Dois Irmãos”, por exemplo, se tornou uma graphic novel vencedora do prêmio Eisner, considerado o Oscar das HQs, além de uma elogiada série de TV.
Sobre seu processo de criação, Milton Hatoum conta que escreve sempre pela manhã, e que dedica o resto do dia à leitura e a outras atividades. “Sou um leitor mais disciplinado (que um escritor)”, revela.
Sem deixar nenhuma pergunta sem resposta, o premiado autor fala também a respeito do conflito entre Israel e Palestina, migração, pertencimento e uma nova geração de leitores.
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