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Caminhos da Reportagem celebra o centenário de Grande Otelo nesta quinta (22/10)

Considerado o maior artista negro da história brasileira, ator brilhou

Grande OteloPara homenagear os cem anos de nascimento de Grande Otelo, o Caminhos da Reportagem desta quinta-feira, 22 de outubro de 2015, às 22h, na TV Brasil, traça um perfil da vida e obra do saudoso ator. O programa relembra momentos marcantes da trajetória de Grande Otelo ao entrevistar artistas consagrados, amigos, familiares e especialistas sobre seu legado.

 

Grande Otelo se destacou fazendo dupla com o Oscarito nas famosas chanchadas da Atlântida durante a primeira grande empreitada do cinema brasileiro nas décadas de 1940 e 1950.

 

O talento do ator nas comédias despertou interesse de grandes diretores e culminou no convite para interpretar Macunaíma nas telonas em 1969. Ao interpretar o personagem-título do filme dirigido por Joaquim Pedro de Andrade e baseado no clássico de Mário de Andrade, premiado internacionalmente, o artista tornou-se conhecido em todo o mundo.

 

Ator protagonizou o filme "Macunaíma"Versátil, Grande Otelo era humorista, escritor, cantor e compositor. Ainda atuou na televisão brasileira em quadros cômicos e novelas, além de ter apresentado programas especiais.

 

Nascido em 18 de outubro de 1915, na cidade mineira de Uberlândia, Sebastião Bernardes de Souza Prata, conhecido como Grande Otelo, despontou logo cedo no mundo das artes. Negro, filho de ex-escravos e dono de um raro talento, o artista foi lançado no cenário cultural ainda criança.

 

Em uma época de forte racismo, Grande Otelo superou os limites de sua condição social e construiu uma carreira única. Começou no teatro como um dos atores da Companhia Negra de Revista, que tinha Pixinguinha como maestro, experiência pioneira de inclusão de atores negros nos espetáculos teatrais.

 


Depoimento de amigos

 

"Grande Otelo era um líder, um ídolo atrás do qual nós íamos", destaca Milton Gonçalves

Com o objetivo de apresentar as diversas facetas de Grande Otelo, a equipe de reportagem da TV Brasil conversa com personalidades que conviveram com o saudoso artista como a atriz Ruth de Souza, o ator Milton Gonçalves, a cantora Adelaide Chiozzo e o jornalista Sérgio Cabral que escreveu a biografia do artista.

 

Segundo Milton Gonçalves, a habilidade do artista nos palcos, telinhas e telonas era incomparável. "Grande Otelo não era um galã, mas era um homem de extremo talento. Um grande ator, uma grande pessoa. Era um líder, um ídolo atrás do qual nós íamos", conta no Caminhos da Reportagem.

 

"Contracenar com Grande Otelo era maravilhoso. Ele é um símbolo dos atores negros", afirma Ruth de Souza

Para Ruth de Souza, ele era completo. "Era dramático, comediante, muito inteligente e generoso. Contracenar com Grande Otelo era maravilhoso. Ele é um símbolo dos atores negros, porque ele realmente foi o primeiro de todos os atores negros", destaca a atriz.

 

"Grande Otelo fez muitas coisas boas para o teatro, para o cinema e pela cultura brasileira. Foi fantástico contracenar anos e anos com Grande Otelo e Oscarito. Ele tinha muitas coisas engraçadas, não podia faltar no cinema, as pessoas se divertiam demais", recorda a cantora e atriz Adelaide Chiozzo.

 

 

 


História do pseudônimo

 

Grande Otelo e Oscarito em cenaEm 1932, o jovem artista mineiro ingressou na Companhia Jardel Jércolis, um dos pioneiros do teatro de revista, e pai do ator Jardel Filho. Nessa época, ganhou o apelido pelo qual foi lembrado durante toda vida.

 

Na verdade, a alcunha original era Pequeno Otelo, mas o ator preferiu o codinome “The Great Otelo” que, mais tarde, traduziu para o pseudônimo pelo qual é reconhecido até hoje. Com mais de uma centena de produções nos cinemas em sua filmografia, a primeira participação de Grande Otelo nas telonas foi em “Noites Cariocas” de 1935.

 

 

 

Serviço
Caminhos da Reportagem – quinta-feira (22), às 22h, na TV Brasil

Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.

Criado em 22/10/2015 - 08:59 e atualizado em 22/10/2015 - 09:24

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