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Entrevista com Carlos Marchi

Alberto Dines recebe jornalista que escreveu biografia do colunista

Observatório da Imprensa

No AR em 24/03/2015 - 23:00

Alberto Dines e Carlos MarchiAlberto Dines entrevista o escritor e jornalista Carlos Marchi, que lança o livro Todo aquele imenso mar de liberdade, biografia do colunista Carlos Castello Branco. Consagrado pela coluna que assinou por 30 anos no Jornal do Brasil, no canto esquerdo da página 2, Castelinho, foi um exemplo de lucidez e integridade nos anos de chumbo.

Todas as 8 mil colunas no JB estão disponíveis em site e deveriam ser leitura obrigatória nas faculdades de Comunicação e Ciências Políticas. Morto há mais de 20 anos em decorrência de um câncer, ele foi um paradigma da coluna política e agora é relembrado na biografia do colega de JB, Carlos Marchi. 

Para o biógrafo, Castellinho não teve vida glamourosa e sob intensa pressão política do governo e do jornal, chegou a sofrer ameaças de morte. Castellinho foi preso na Ditadura Militar, e sua coluna ficou fora das páginas por um breve período. 

Nascido no Piauí, saiu aos 16 anos para estudar em Belo Horizonte, onde conheceu Helio Pellegrino, Oto Lara Resende, Fernando Sabino e Paulo Mendes Campos. Entre liberais e comunistas, frequentava os dois lados e começou a trabalhar como jornalista no Estado de Minas. 

Em 1945, foi para o Rio, onde atuou na revista O Cruzeiro, e fez parte da equipe do Presidente Jânio Quadros. Quando saiu do governo, voltou a trabalhar em O Cruzeiro, passou pela Tribuna da Imprensa e logo entrou no JB. Em 1976, elegeu-se presidente do Sindicato dos Jornalistas e, em 1982, se tornou imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL)

Sobre a força da sua escrita, Carlos Marchi ressaltou 8 pontos na entrevista: ele preferia a conversa à entrevista; tinha memória prodigiosa; tinha vasto conhecimento de literatura; seu estilo do texto realçava o papel da análise; transitava na contramão do jornalismo tradicional – partia do contexto para os fatos; tinha precisão descritiva dos assuntos; sua narrativa tinha credibilidade; e sua seleção de fontes prezava por qualidade, diversidade e complementaridade. Castellinho escreveu até ás vésperas da morte.

Nesta edição, o Observatório conta todos os detalhes da vida do maior colunista de política do Brasil.




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Criado em 19/03/2015 - 18:00 e atualizado em 25/03/2015 - 10:26

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