90 anos no ar
Alberto Dines # editorial do Observatório da Imprensa na TV nº 663, exibido em 30/10/2012
No exato momento em que o sistema midiático global está sendo submetido a um tremendo sacolejo, é extremamente alentador comemorar os 90 anos do rádio brasileiro.
À nossa volta acumulam-se as vítimas, sobretudo no segmento impresso. O fim do Jornal da Tarde, em São Paulo, e do semanário americano Newsweek não devem esconder a existência longeva de inúmeros jornais brasileiros com 187, 185 ou 137 anos, como o Estadão.
Muitas rádios também desapareceram, como a Rádio Mayrink Veiga e a Rádio Clube do Brasil. Mas o meio rádio está aí, novinho em folha e, de certa forma, revigorado pelos desafios oferecidos na era digital.
Foi o primeiro veículo de comunicação de massa e, ao contrário do que se previa, não acabou com o jornal, nem foi morto pelo cinema ou a TV. E nestes 90 anos da era do rádio, e a despeito das previsões apocalípticas, é imperioso lembrar a inextinguível vocação comunicadora da humanidade.
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