Passa de 19 mil o número de mortes confirmadas na Turquia e na Síria após o terremoto da última segunda-feira (6). A comunidade internacional se organiza para ajudar nos trabalhos de resgate e na assistência aos feridos e desabrigados. Entre esses países, o Brasil.
Uma comitiva brasileira embarcou hoje (9), com destino à cidade de Adana, na Turquia, uma das cidades atingidas pelo terremoto. O tempo da viagem é de cerca de 11h40. Essa missão humanitária brasileira é composta por 42 pessoas: são 34 bombeiros de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal. Fazem parte da missão também médicos, agentes da defesa civil e quatro cães farejadores, que vão ajudar nas buscas das vítimas nos escombros.
O governo do estado de São Paulo enviou quatro toneladas de materiais com ferramentas e equipamentos hospitalar. O Ministério da Saúde também doou medicamentos e itens emergenciais.
E, como forma de apoiar as vítimas do desastre, o consulado da Turquia em São Paulo pede doações. Os itens mais necessários são roupas de frio, cobertores, produtos de higiene, fraldas e tendas. A ACNUR, Agência da ONU para Refugiados, está recebendo doações em dinheiro. Para colaborar, acesse o site da agência.
Brasileiros relatam situação em cidades afetadas por terremotos
A TV Brasil conversou com dois brasileiros que estão na lá, em regiões afetadas pelos tremores, e eles contam como está a situação de momento. Samira Alves mora em Antáquia, uma cidade na fronteira com a Síria e que ficou destruída pelos terremotos desta segunda-feira (6). Guilherme Aynerson está em Adana, distante cerca de 200 km de Antáquia. Lá a situação está um pouco melhor, mas também há muitos mortos e desabrigados.
O Itamaraty, que informou que cidadãos brasileiros na Turquia que tenham sido afetados pelos terremotos podem entrar em contato com a Embaixada do Brasil em Ancara pelo e-mail consular.ancara@itamaraty.gov.br ou pelo telefone 0533 424 04 29.
Síria e Turquia: as dificuldades para salvar vidas
A escuta atenta de qualquer sinal que indique que ali há vida. Equipes de resgate deitam-se sobre os escombros e ficam em silêncio, na esperança de ouvir algum som. Passado o período com mais possibilidades de encontrar sobreviventes, autoridades turcas temem o aumento dramático no número de vítimas dos terremotos, já que milhares seguem desaparecidos.
O governo usou o avião presidencial para levar para Ancara, a capital do país, 16 bebês encontrados sozinhos nos escombros. Todos têm menos de 1 ano e foram resgatados no povoado de Kahramanmaras, epicentro dos abalos.
Quem sobreviveu ao terremoto, enfrenta agora a fome, o frio intenso do inverno e a falta de abrigo. Todos agora aguardam ajuda humanitária.
Na Síria, os tremores abalaram principalmente o noroeste do país, que é controlado por jihadistas e rebeldes, o que dificulta o socorro às vítimas. A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu ao governo sírio que facilite a entrega de ajuda humanitária às áreas sob controle rebelde. E alertou que as reservas de emergência podem acabar em breve.
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