O Ministério da Defesa de Israel ordenou um cerco total à Faixa de Gaza, que passa a ficar sem eletricidade, combustível, água e comida. O número de mortos nos combates entre as forças israelenses e o Hamas já passa de 1,1 mil nos dois lados. Na manhã desta segunda-feira (9), um ataque aéreo de forças israelense deixou dezenas de mortos e feridos no campo de refugiados de Jaballa.
Os combates começaram no sábado (7) depois de um ataque surpresa do Hamas contra o sul de Israel, dando cobertura a uma infiltração em várias frentes e sem precedentes do movimento palestino a partir de Gaza, onde vivem cerca de 2,3 milhões de palestinos. Em resposta, as forças armadas israelenses lançaram ataques aéreos que atingiram mais de 500 pontos do território palestino. Cem mil militares e centenas de tanques foram mobilizados ao longo da fronteira com Gaza e também com o Líbano para prevenir uma expansão do conflito com o grupo Hesbollah.
O governo também convocou cerca de 300 mil reservistas, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu uma dura resposta contra o Hamas, que durante a invasão sequestrou dezenas de mulheres, crianças e idosos. Um dos primeiros alvos foi uma festa rave no lado israelense. Imagens de drones mostram a destruição do local. Milhares de jovens participavam da festa quando foram surpreendidos com a explosão de foguetes. Segundo o governo de Israel, ao menos 260 pessoas morreram e dezenas estão desaparecidas. Israel disse que já recuperou o controle das cidades invadidas no sul.
Em Nova York, o Conselho de Segurança das Nações Unidas, atualmente presidido pelo Brasil, foi convocado para uma reunião de emergência, mas ao fim do encontro, a portas fechadas, nenhum documento foi divulgado. No Conselho de Direitos Humanos da organização, em Genebra, na Suíça, os Estados Unidos lideraram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas.
Em nota divulgada em redes sociais a embaixada do Estado Palestino no Brasil disse que as retaliações israelenses já provocaram 313 mortes e deixaram quase dois mil feridos. Segundo a embaixada, matar civis com cobertura internacional é um crime de guerra, assim como a decisão de Israel de adotar medidas punitivas coletivas com o corte de eletricidade e de água dos territórios palestinos.
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