A 28ª Conferência do Clima da ONU, a Cop-28, terminou, nesta quarta-feira (13), com um apelo histórico a favor de uma transição energética, que permita abandonar, progressivamente, o uso de combustíveis fósseis.
O texto aprovado reconhece a necessidade de transição das energias responsáveis pelo aquecimento global, até 2050, mas não destaca especificamente o fim dos combustíveis fósseis.
O acordo propõe ainda triplicar a capacidade energética renovável até 2030.
Atualmente, mais de 80% das emissões de gases do efeito estufa são provocadas pelo petróleo, gás e carvão, responsáveis por grande parte da energia consumida no mundo.
A proposta contou com apoio de grandes produtores de petróleo e gás, como EUA, Canadá e Noruega. Mas encontrou forte oposição da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), liderada pela Arábia Saudita, que argumentou que o mundo pode reduzir emissões sem a eliminação de combustíveis específicos.
O grupo controla, atualmente, quase 80% das reservas de petróleo do mundo e é fortemente dependente desta receita.
O presidente da Cop-28, Sultan Al Jaber, disse que o acordo é histórico, mas acrescentou que o seu verdadeiro sucesso estaria na sua implementação.
O secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, disse, em um comunicado, que a era dos combustíveis fósseis deve acabar, mas com justiça e equidade entre os países.
A ministra do meio ambiente, Marina Silva, também destacou a responsabilidade dos países desenvolvidos no processo de transição energética.
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