O dia 25 de abril é uma das datas mais importantes da história recente de Portugal. É o dia em que se comemora o triunfo da Revolução dos Cravos, sobre a ditadura salazarista.
Foram quatro décadas de um regime brutal, que oprimiu a Nação portuguesa, perseguiu, prendeu, torturou e baniu opositores. Veja agora um pouco da história dessa revolução, que celebra 50 anos.
Meio século de democracia, que pôs fim a uma era de atraso, trevas e horror. Há 50 anos um levante das forças armadas, apoiadas pela participação popular, derrubou o regime de orientação fascista, instituído em 1932, pelo ditador Antônio de Oliveira Salazar.
Ele governou o país com mãos de ferro, até ser substituído, pouco antes de morrer, por outro ditador: Marcelo Caetano. As quatro décadas de ditadura isolaram Portugal do mundo. O país viveu à sombra do atraso econômico e social.
O salazarismo foi o regime ditatorial de maior duração na Europa; sobreviveu à derrota do nazifascismo na segunda Guerra Mundial e transformou Portugal num párea em uma Europa rica e democrática. A insatisfação da população portuguesa com o regime foi decisiva para a derrocada do salazarismo.
Um grupo de militares, os chamados Capitães de Abril, começaram a planejar a deposição da ditadura. Uma primeira tentativa fora articulada em 25 de março de 1974. Mas fracassou. Um mês depois, uma segunda investida foi bem-sucedida.
No dia 25 de abril, as ruas de Lisboa se tornam o palco de uma revolução. O presidente Marcello Caetano se rendeu às 19h30 daquele mesmo dia e seguiu para o exílio no Rio de Janeiro, onde morreria.
A Revolução dos Cravos aconteceu praticamente sem violência; quatro mortos penas. Diante da vitória rápida e sem hostilidades, uma florista começou a oferecer flores aos soldados, que as puseram nos canos dos fuzis.
Os cidadãos que saíam às ruas para comemorar, também pegavam cravos e assim, esta flor ficou como o símbolo e nome da revolução. No dia 25 de abril de 1976, dois anos após a vitória da revolução, a nova Constituição de Portugal foi promulgada, sacramentando a vitória da democracia e ao Estado de Direito sobre a ditadura.
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