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Abin Paralela: STF libera gravação de Bolsonaro e Ramagem

Repórter Brasil Tarde

No AR em 16/07/2024 - 12:45

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou o sigilo de uma gravação descoberta durante as investigações da chamada “Abim Paralela”. O áudio trata das supostas rachadinhas no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). 

A gravação foi encontrada no celular do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abim), Alexandre Ramagem. Ela trata do registro de uma reunião que aconteceu em agosto de 2022, da qual participaram o próprio Ramagem, o ex-presidente Jair Bolsonaro, Augusto Heleno, então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e duas advogadas de defesa de Flávio Bolsonaro.

Eles conversam sobre uma estratégia da defesa para o caso das “rachadinhas”, um suposto esquema de desvio de parte dos salários de funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, quando ele era deputado estadual. Os participantes da reunião discutem uma forma de incriminar os auditores da Receita Federal responsáveis pela denúncia. A ideia era que, com isso, as investigações fossem anuladas, o que de fato acabou acontecendo cerca de um ano depois. 

Na reunião eles citam também nomes de pessoas que poderiam ajudar nesse objetivo, entre elas o ex-governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que foi mencionado como uma pessoa que teria poder sobre as polícias no estado. No áudio, o ex-presidente Jair Bolsonaro diz que Witzel prometeu resolver o caso em troca de uma vaga no Supremo Tribunal Federal. 

Também foram mencionados o ex-secretário da Receita Federal José Barroso Tostes, que poderia ajudar com informações a respeito dos auditores responsáveis pela denúncia, inclusive retirá-los do cargo. Outro nome citado é de Gustavo Canuto, ex-chefe do Serpro, que poderia dar informações sobre quem acessou os dados de Flávio Bolsonaro no sistema da Receita Federal. 

O ex-governador Wilson Witzel afirmou que “o presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que o faria a nível local, o que hoje está se verificando, que foi feito na Polícia Federal”. Ele garantiu ainda que, durante seu governo, as polícias Civil e Militar sempre tiveram total independência. 
 

 

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Criado em 16/07/2024 - 15:55

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