O ex-policial militar Ronie Lessa, réu confesso de ter atirado contra Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em 2018, prestou depoimento nessa terça-feira (27) na ação penal aberta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele depôs de forma virtual.
Ronie disse que Domingos e Chiquinho Brazão são pessoas de alta periculosidade e que teriam a Polícia Civil do Rio de Janeiro nas mãos. Afirmou também que os irmãos teriam muito respeito pelo ex-chefe da Polícia, Rivaldo Barbosa, agora réu acusado de atrapalhar as investigações e também de planejar o crime.
Ronie Lessa se diz arrependido do assassinato e contou que o cometeu por ganância. Dois terrenos nos valores de R$ 25 milhões cada um teriam sido prometidos pelos irmãos Brazão para ele executar o crime. Segundo o ex-policial, os Brazão também teriam dito que Marielle seria uma pedra no caminho dos negócios de loteamentos irregulares na zona oeste do Rio de Janeiro.
Ainda vão depor na ação penal no STF 70 testemunhas. Os irmãos Brazão, que são réus, vão falar ao final do processo.
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