A Polícia Federal investiga a possível ação de criminosos nos incêndios que atingem vários municípios do país. Seria um esquema similar ao chamado “Dia do Fogo”, em uma referência ao 10 de agosto de 2019, quando foram iniciadas queimadas propositais em 470 propriedades rurais. Por isso, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, confirmou no domingo (25) que a PF foi acionada para investigar o caso.
Segundo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, há 31 inquéritos para apurar condutas criminosas ligadas aos incêndios florestais na Amazônia e mais 20 relacionadas ao Pantanal, além de duas investigações abertas para apurar a situação em São Paulo. Ele explicou que o governo dispõe de ferramentas que permitem retroceder as imagens de satélite captadas pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prev-Fogo), até a identificação da origem dos socos de calor.
A fumaça gerada pelas chamas no interior paulista e em outras regiões tem sido carregada pelos ventos e se espalhado pelas áreas centrais do país. É o caso de Brasília, que amanheceu encoberta por muita fumaça nesse domingo (25). Segundo o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), a qualidade do ar foi classificada como ruim. No início da noite, o índice mudou para péssimo.
A situação na capital federal continuou nesta segunda-feira (26). A inversão térmica, com um clima mais frio, também dificultou a dispersão dos poluentes. Não chove em Brasília há mais de 120 dias. O tempo seco e a baixa umidade contribuem para a ocorrência de queimadas na região. No fim de semana, o DF registrou 203 incêndios em vegetação, com mais de 250 hectares de área queimada.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.
