O Ministério das Relações Exteriores vai pedir ao governo dos Estados Unidos a liberação dos documentos produzidos pela Agência Central de Inteligência, CIA, sobre a Ditadura no Brasil.
A informação da assessoria do Itamaraty é que a embaixada brasileira em Washington já recebeu do ministro Aloysio Nunes as instruções pra pedir a liberação completa dos registros sobre o período da Ditadura Militar.
Esse assunto voltou a tona porque na semana passada a Agência Central de Inteligência Americana, a CIA divulgou documentos que trazem fatos novos e apontam que os generais Ernesto Geisel, presidente do Brasil à época, e João Figueiredo, então diretor do Serviço Nacional de Informações teriam sido notificados da execução de 104 pessoas e teriam concordado com assassinatos sumários de outros "inimigos" da Ditadura Militar no Brasil.
Esse documento foi assinado pela CIA em 1974, mas a revelação publica só veio na última quarta-feira (9). Na sexta-feira (11), o Instituto Vladimir Herzog pediu ao Itamaraty que solicitasse aos Estados Unidos a liberação dessas informações. Esse pedido foi assinado por Ivo Herzog que é filho do jornalista Vladimir Herzog, assassinado durante a Ditadura. Segundo Ivo, os novos registros da CIA revelam novos fatos sobre a participação do Estado na execução e tortura de opositores aos militares.
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