O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, comentou nesta quinta-feira (21) a notícia de que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, teria relatado à Polícia Federal uma reunião de teor golpista entre Bolsonaro e chefes das Forças Armadas. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo e pelo portal UOL e detalha o conteúdo dessa reunião, ocorrida no ano passado, em que Bolsonaro teria recebido uma minuta golpista e também teria consultado as Forças Armadas sobre a possibilidade de uma intervenção militar.
Segundo o relato, Bolsonaro teria recebido o aval para o golpe do ex-almirante Almir Garnier do Santos, comandante da Marinha, mas não o do Exército.
Os depoimentos de Mauro Cid à Polícia Federal, que fazem parte do acordo de delação premiada, são sigilosos e, por isso, a PF não confirmou as informações. A defesa de Mauro Cid também disse que não poderia comentar o assunto pelo mesmo motivo.
A defesa de Jair Bolsonaro afirmou que o ex-presidente, durante seu governo, jamais compactuou com qualquer movimento ou projeto que não tivesse o respaldo da lei. E que adotará medidas judiciais cabíveis.
Em nota, a Marinha do Brasil disse que não se manifesta sobre processos investigatórios em curso. E que a instituição se pauta pela fiel observância da legislação e que, eventuais atos e opiniões individuais não representam o posicionamento oficial da força.
A equipe do Repórter Brasil entrou em contato com o almirante da reserva Almir Garnier e não teve nenhuma resposta.
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