A Polícia Federal prendeu, em Brasília, dois funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). As prisões fazem parte da investigação sobre rastreamento ilegal de celulares pela agência.
Segundo a investigação, funcionários da Abin usaram um software, comprado com dinheiro público, para invadir a rede de telefonia diversas vezes e rastrear celulares sem autorização judicial. Além do uso indevido do sistema, a polícia apura a atuação de dois servidores que, diante da possibilidade de demissão e processo administrativo, usaram o conhecimento sobre o uso do sistema como forma de chantagem.
Os investigados podem responder por invasão de dispositivo alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações sem autorização judicial.
A Abin diz que tem colaborado com as investigações desde o início. E que afastou cautelarmente os servidores investigados. E destacou que a ferramenta usada indevidamente foi comprada em 2018 e que, após correições, deixou de usar o sistema em maio de 2021.
Em uma rede social, o deputado delegado Ramagem, que era diretor da Abin no período investigado, afirmou que o sistema foi comprado em 2018, e ele assumiu em 2019. Ramagem disse ainda que encaminhou o sistema à corregedoria.
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