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Israel afirma que vai liberar entrada de combustível em Gaza

Repórter Brasil

No AR em 17/11/2023 - 19:00

Diante da pressão internacional para abrir um corredor humanitário e anunciar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, o gabinete de guerra de Israel aprovou, nesta sexta-feira (17), a entrada de dois caminhões com combustível por dia na região. De acordo com o assessor da Segurança Nacional do primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu, Tzachai Hanegbi, o objetivo é garantir o mínimo suporte para o funcionamento dos sistemas de tratamento de água e esgoto, além de prevenir pandemias.

Mesmo com a autorização de Israel para a entrada dos caminhões, o combustível ainda é um recurso escasso, e, sem ele, as operações da agência humanitária da ONU na Palestina corre o risco de ser interrompida. O comissário-geral da entidade, Philippe Lazzarini, afirmou que não terá condições de enviar os carros com a ajuda necessária se essa situação não for resolvida. As ações da agência já foram suspensas nesta sexta-feira, impedindo a entrada de suprimentos para os refugiados.

A dificuldade em conseguir alimentos levou milhares de pessoas, no sul de Gaza, na cidade de Khan Younis, a se aglomerarem na tentativa de comprar pão. Com uma grande concentração de pessoas em espaços pequenos, a preocupação, também, é tentar evitar o início de pandemias na região.

O representante da Organização Mundial da Saúde (OMS), Richard Peeperkorn, disse que o órgão está extremamente preocupado com a disseminação de doenças. A falta de água, de saneamento básico, de comida, além de abrigos precários, já têm gerado o surgimento de várias doenças. A OMS, o ministério da Saúde palestino e a agência humanitária da ONU já registraram mais de 70 mil casos de infecções respiratórias agudas, 44 mil casos de diarreia, mais de 14 mil casos de erupções cutâneas, sarna e piolhos, além de hepatite A e B.

Em um encontro com o primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, o chefe de Política Externa da União Europeia, Josep Borrell, afirmou que Israel precisa respeitar as leis internacionais e o princípio da proporcionalidade. Segundo ele, um horror não justifica outro.

Hoje, amigos e familiares dos reféns em Gaza realizaram uma passeata de Tel Aviv até Jerusalém, para cobrar a libertação dessas pessoas. Até agora, de acordo com o ministério de Saúde de Gaza, mais de 11.500 palestinos e 1.402 israelenses já morreram na guerra.

 

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Criado em 17/11/2023 - 15:50

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