Uma controversa histórica voltou à tona com a posse de Santiago Peña como presidente do Paraguai. Antes da eleição, ele havia manifestado a intenção de voltar a negociar com o Estado brasileiro a repatriação de itens que compõem o espólio da Guerra do Paraguai.
Um dos mais famosos é o canhão 'El Cristiano', exposto no Museu Histórico Nacional, no Rio. O armamento foi tomado como uma espécie de troféu pelo Brasil durante a Guerra do Paraguai.
O canhão El Cristiano é objeto de um processo de repatriação que já dura mais de 10 anos. A disputa não gira em torno só de uma arma física, mas também de questões imateriais, como memória, valores e discursos associados ao canhão.
El Cristiano foi usado contra o Brasil em 1866, na batalha do Curupaiti. O nome não foi dado à toa. El Cristiano, em português, O Cristão. Isso porque o armamento foi formado a partir do derretimento de sinos de igrejas paraguaias.
O objeto se tornou símbolo da união de um povo em prol da Nação. Só que, além disso, o canhão também é tombado no Brasil há 25 anos pelo Iphan.
O dilema é: devolver a peça aos donos originários ou preservar o canhão do Brasil como um memorial?
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