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Violência policial: uma pessoa negra morre a cada 4 horas

Repórter Brasil

No AR em 16/11/2023 - 19:00

Um dado alarmante. Uma pesquisa, feita em 8 estados, mostrou que a polícia matou uma pessoa negra a cada quatro horas. Para falar mais sobre esse assunto vamos até o Rio de Janeiro com a Bárbara Pereira.

Um dos estados onde foi feito esse levantamento foi o Rio de Janeiro. Vamos falar com Vladimir Platonow que traz mais informações. O relatório Pele- Alvo: a bala não erra o negro, da Rede de Observatórios de Segurança, apurou dados nos seguintes estados: Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Piauí, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.

Os dados da pesquisa foram fornecidos pelas secretarias que cuidam da segurança pública em cada estado. Nem sempre há informação sobre a cor da pele das pessoas mortas. Ou seja, existe um grande risco de subnotificação.

A pesquisa mostrou que a Bahia é hoje o estado entre os pesquisados com mais mortes em ações policiais, com 1.465 vítimas, superando o Rio de Janeiro. E quase 95% das pessoas mortas nas mãos da polícia no estado nordestino são negras.

Juntos, Bahia e Rio de Janeiro concentram dois terços de todas as mortes registradas em ações policiais nos oito estados monitorados pela ONG. Esta é a quarta edição do levantamento e, em todas elas, foi identificado que as pessoas negras são a maioria das vítimas da letalidade policial. 

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia afirmou que as ações policiais são pautadas dentro da legalidade, e que qualquer ocorrência que não respeite a legislação é rigorosamente apurada, e medidas legais são adotadas.

Já a Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro disse que oferece aulas nas áreas de direitos humanos, ética e direito constitucional nos cursos de formação e aperfeiçoamento dos policiais, e que a questão racial faz parte de todas essas disciplinas.

Enquanto a Secretaria de Segurança de São Paulo informou que as abordagens da PM obedecem a parâmetros determinados por lei, e que uma comissão analisa todas as ocorrências e trabalha para ajustar procedimentos. 

Sobre esse assunto a gente conversa com a Bianca Lima, que é pesquisadora da Rede de Observatórios da Segurança, instituição responsável pelo boletim.

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Criado em 16/11/2023 - 20:15

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