Enquanto em alguns países, especialmente no norte global, as mulheres avançam em direitos, em muitas nações esse é um dia em que as mulheres têm pouco pra comemorar. Na Faixa de Gaza, mais de 60 mulheres morrem todos os dias desde o início do conflito. E praticamente todas já perderam algum familiar ou amigo.
Segundo notícias locais, todos os dias morrem mais de 60 mulheres aqui na Faixa de Gaza. E desde o início desta atrocidade israelense, aproximadamente 23 mil mulheres perderam a vida. As mulheres aqui são humilhadas, tiveram que se mudar várias vezes pelo território.
“Inclusive nós, jornalistas, trabalhadoras dos meios de comunicação, estamos expostas a muitas dificuldades. Tivemos que deixar as nossas famílias, nossas casas, tivemos que sair de vários locais. Agora mesmo estamos vivendo nas ruas. Há mais de seis meses vivemos nas ruas, sem encontrar um lugar onde podemos nos refugiar, sem acesso às necessidades mais básicas como casa, cama e banho. Há inclusive jornalistas que tiveram que deixar os maridos e filhos para atuarem mostrando ao mundo os crimes que o exército de Israel cometem aqui na Faixa de Gaza. Por isso, aqui não celebramos esse dia como se celebram em outras partes do mundo”, relata a correspondente da Telesur na Faixa de Gaza Huda Hegazi.
“Apelo ao mundo inteiro para olhar para o sofrimento das mulheres palestinas. Um sofrimento cheio de pequenos detalhes, como a higiene, a saúde, especialmente no caso das mulheres grávidas, das que perdem seus filhos e seus maridos. Eu digo: olhem para essas mulheres, há solução, há possibilidade de uma vida mais decente”, pede a jornalista Wisam.
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